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Maduro (D) e a mulher, Cilia (E), foram atendidos pelo chef Salt Bae em restaurante de luxo em Istambul 18 de setembro de 2018 | 11:59

Maduro vai a restaurante de luxo na Turquia e é alvo de crítica de opositores

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CARACAS – Vídeos virais que mostram o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, comendo suculentos pedaços de carne servidos pelo famoso chef “Salt Bae”, em Istambul, causaram indignação no país socialista onde, segundo ONGs, a fome disparou em razão da crise econômica. “Isso é só uma vez na vida”, celebrou Maduro, ao lado de sua mulher, Cilia Flores, enquanto o chef turco Nusret Gökçe, conhecido como Salt Bae, corta pedaços de carne em um de seus restaurantes no qual costuma atender pessoalmente celebridades como Leonardo Di Caprio e Cristiano Ronaldo. O presidente chavista, que voltou na madrugada da segunda-feira para Caracas depois de uma viagem para a China – para onde foi na semana passada em busca de financiamento – confirmou que parou em Istambul depois de um convite para almoçar com autoridades turcas. “Compartilhamos (uma refeição) em um restaurante famoso. Envio aqui uma saudação para Nusret, que nos atendeu pessoalmente. Conversamos e desfrutamos com ele (…), que ama a Venezuela”, disse o presidente em transmissão na rádio e na TV estatal. Antes do comentário de Maduro, Salt Bae agradeceu a visita do presidente venezuelano ao publicar as gravações em uma rede social. Depois de receber milhares de críticas e de os vídeos viralizarem, ele apagou as publicações do Instagram. “Chavismo é pedir dinheiro emprestado para a China porque não tem para pagar dívidas e depois ir a restaurantes de luxo”, criticou o especialista em meio digitais Luis Carlos Díaz em mensagem escrita no Twitter. Os pratos individuais nos restaurantes de Salt Bae custam entre US$ 70 e US$ 250, segundo a imprensa especializada. Isso representa entre dois e oito meses de salário mínimo na Venezuela, de acordo com a cotação oficial do dólar no país. Em outro vídeo no restaurante, Maduro fuma um charuto cubano tirado de uma caixa com seu nome em uma placa dourada e recebe uma camiseta com uma caricatura do chef turco. Durante a visita do presidente venezuelano, ex-motorista de ônibus que se define como um “presidente trabalhador”, o local permaneceu sob vigilância de homens fortemente armados que tinham insígneas da polícia turca.

Estadão
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