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Davidson Magalhães negou haver condicionante para indicar suplência de Coronel, mas não refutou a insatisfação do partido 22 de junho de 2018 | 08:50

PCdoB pressiona pela suplência ao Senado Federal

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Descontentes com o tratamento na participação da chapa do governador Rui Costa (PT), o PCdoB resolveu pressionar para conquistar uma das duas suplências ao Senado. Os comunistas querem indicar o suplente do ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), porque acreditam que há mais chance de o “reserva” do petista entrar em campo. Isto porque há apostas de que, se um candidato a presidente da República do grupo político vencer a eleição, Wagner pode virar ministro e o suplente assumir o mandato na Câmara Alta do Congresso Nacional. A prioridade para ficar com a suplência do ex-chefe do Palácio de Ondina, no entanto, é do PSB, já que a senadora Lídice da Mata ficará de fora da majoritária. Neste cenário, especula-se que o indicado do partido será o deputado federal Bebeto Galvão. Ontem, surgiram rumores de que o PCdoB aceitaria sugerir um suplente para o segundo nome da composição que deve disputar o Senado, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Ângelo Coronel (PSD). Os comunistas, porém, teriam colocado uma condicionante: só vão indicar se houver um acordo para que o substituto assuma parte do mandato. Se for eleito, o chefe da Alba terá direito a ficar oito anos na Casa Alta. Presidente do PCdoB, Davidson Magalhães negou haver condicionante, mas não refutou a insatisfação do partido. “Nós queremos é ouvir o governador Rui Costa, que é o comandante deste processo. O PCdoB não vai trabalhar sob hipótese e não vamos dialogar a posição do partido pela imprensa”, disse. Para demonstrar a insatisfação com o mandatário do Executivo estadual, os comunistas decidiram não participar da confraternização de São João, que reuniu a base governista, no Palácio de Ondina na última segunda-feira. Publicamente, o governador minimizou o ato dos membros do PCdoB. Nos bastidores, o comentário é de que o petista, na verdade, não gostou nada e achou uma “descortesia” dos dirigentes da agremiação. “Nem todo mundo gosta de forró, o que eu posso fazer?”, brincou, em tom de ironia de Rui Costa. Davidson Magalhães rebateu e disse que ama o estilo musical. “Para evitar constrangimento, gostaria de dizer que eu vou todos os anos para Ibicuí, um dos melhores forrós da Bahia. Também não temos nada contra a suplência de Angelo Coronel e do PSD. O problema é uma questão de método, de forma como se discute e pactua politicamente as coisas. A nossa irritação foi exatamente nesse sentido”, pontuou.

Tribuna da Bahia
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