Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Bc e Tesouro fazem estratégia conjunta visa conter a volatilidade e o estresse dos investidores 07 de junho de 2018 | 17:30

Dólar fecha a R$ 3,91 após encostar em R$ 3,97 durante o dia

economia

O dólar chegou a encostar em R$ 3,97, subindo 2,83%, na tarde desta quinta-feira, 7. Mais perto do fim do pregão, a desvalorização do real cedeu, e a moeda americana terminou negociada a R$ 3,9146, em alta de 2%. Operadores dizem que não há um fato novo capaz de justificar tamanho ajuste dos ativos brasileiros, mas pesam as concessões feitas às reivindicações dos caminhoneiros. O mercado passou a questionar a capacidade de o governo ajustar suas contas. Após cair quase 6,5%, o Ibovespa desacelerou o ritmo de perda e fechou em baixa de 2,98, aos 73.851,46 pontos. Os papéis mais negociados registraram forte perda, como Petrobrás e Gerdau, que perdeu 6,37%. Os bancos foram outro destaque negativo, caso do Banco do Brasil e Santander, que caíram 4,01% e 5,41% respectivamente. Pelas 14h, todas as ações do índice chegaram a operar no vermelho ao mesmo tempo. O cenário eleitoral segue incerto e com um candidato pró-mercado longe das primeiras posições nas pesquisas de intenção de voto. Além disso, no caso do câmbio, especialistas dizem que o Banco Central precisa ser mais agressivo, pois os leilões de swap perderam a eficácia. Na avaliação dos estrategistas de câmbio da Nomura, Mario Castro e David Wagner, o ambiente doméstico vem tendo peso importante para explicar as cotações do dólar, mais do que fatores externos. A tendência é que, com a proximidade das eleições, a dinâmica do dólar no Brasil siga sendo ditada por fatores locais, notadamente o ambiente político. A Nomura vê chance de o dólar bater em R$ 4,15 antes das eleições.

Estadão Conteúdo
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