16 de junho de 2018 | 08:36

Casos de corrupção expõem autoridades da Espanha e de Portugal

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A condenação de Iñaki Urdangarin, cunhado do rei Felipe VI da Espanha, a cinco anos e dez meses de cadeia expôs um quadro de suspeitas de corrupção por políticos e pessoas ligadas ao poder na Europa. No dia 13, ele foi condenado por desvio de fundos, prevaricação, fraude contra o Erário, delitos fiscais e tráfico de influências. Ex-atleta de handebol, Urdangarin é casado com a infanta Cristina de Bourbon, irmã do rei. Espanha e Portugal estão no foco de uma série de investigações sobre corrupção e enfrentam escândalos envolvendo nome de autoridades e políticos. Em Portugal, a Operação Marquês, iniciada em 2014, revelou que José Sócrates, primeiro-ministro do país entre 2005 e 2011, esteve envolvido em 31 crimes, entre eles, o de corrupção, fraude fiscal e lavagem de dinheiro. Sócrates foi detido preventivamente em 2014, ficando 9 meses na cadeia. Em 2015, passou a cumprir prisão domiciliar e, atualmente, aguarda julgamento em liberdade. O Partido Socialista (PS), após anos de silêncio em relação ao caso, busca distanciar-se da imagem de Sócrates. António Costa, atual primeiro-ministro de Portugal, foi ministro na administração de Sócrates. Ao tomar conhecimento das denúncias, Costa se manteve neutro e defendeu a presunção de inocência de Sócrates. Uma frase sua tornou-se célebre em terras portuguesas: “à política o que é da política, à Justiça o que é da Justiça”. Mais recentemente, no último congresso do Partido Socialista, em maio, Costa procurou afastar-se da figura de Sócrates.

Agência Brasil
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