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Donald Trump afirmou que encontro com Kim Jong-un deve ocorrer nas próximas semanas 29 de abril de 2018 | 08:15

Encontro com Kim Jong-un ocorrerá em três ou quatro semanas, diz Trump

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a reivindicar crédito pelo encontro histórico de sexta-feira (27) entre os líderes da Coreia do Norte e Coreia do Sul, durante comício na noite deste sábado, 28, em Michigan. “Vamos fazer um grande favor ao mundo (com o acordo). Vamos ver como as coisas se desenvolverão, mas creio que nos sairemos bem”, disse Trump à plateia. O presidente afirmou ainda que o encontro com Kim Jong-un deverá ocorrer nas próximas três ou quatro semanas, o que representa uma antecipação da data prevista pela Casa Branca, que prevê a cúpula para o fim de maio ou início de junho. As duas Coreias se comprometeram na sexta-feira, 27, a trabalhar pela “desnuclearização” da península e pela aprovação de um acordo de paz, a ser assinado ainda em 2018. Mas o comunicado assinado pelo presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e pelo ditador norte-coreano, Kim Jong-un, não menciona como o Norte eliminaria seu arsenal nuclear. Ao comparecer ao comício, Trump deixou de comparecer a um jantar com correspondentes em homenagem à primeira emenda à constituição dos EUA, que impede que o Congresso faça qualquer lei que limite a liberdade de expressão e de imprensa, entre outras determinações. Durante seu discurso, o presidente norte-americano abordou os principais temas que têm girado em torno de seu governo nos últimos meses. Um deles referente ao senador democrata Jon Tester, um dos líderes do comitê no Senado que apresentou relatório contra Ronny Jackson, que seria nomeado por Trump como Secretário de Assuntos de Veteranos dos EUA. O relatório acusa Jackson de ter batido um veículo do governo enquanto dirigia embriagado, entre outras alegações. Depois da divulgação do documento, Jackson anunciou, na última quinta-feira, 26, que desistira de sua nomeação ao cargo. Trump criticou duramente “pessoas como Tester” e a imprensa norte-americana que, segundo o presidente, fazem acusações com base em informações de “fontes que não existem”. “Jackson serviu os presidentes (George) Bush e (Barack) Obama, todos disseram que ele era fantástico. O que fizeram com Jackson estão fazendo com muita gente”, disse Trump. “Precisamos votar contra caras como Jon Tester”, acrescentou. Tester busca sua reeleição neste ano. O presidente declarou, ainda, que sabe de “coisas” sobre Tester que não teriam permitido a eleição do senador – se as informações fossem conhecidas do público. Mas não deu mais detalhes sobre o que saberia sobre o democrata.

Estadão Conteúdo
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