Foto: Werther Santana / Estadão
Michel Temer 22 de março de 2018 | 07:10

Intervenção não ajuda Temer, diz Ipsos

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O presidente Michel Temer não melhorou, ao menos em um primeiro momento, sua própria imagem diante dos eleitores ao decretar intervenção no setor de segurança pública do Rio, em 16 de fevereiro. É o que aponta a pesquisa Barômetro Político Estadão-Ipsos de março, feita duas semanas após o anúncio da medida. O levantamento indica que a desaprovação a Temer oscilou de 93% para 94%, e que a aprovação se manteve em 4%. Os dados foram coletados antes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), no dia 14. A pesquisa, que avalia mensalmente a imagem de personalidades do mundo político e Judiciário, constatou que, em março, a maioria dos nomes listados permaneceu com suas taxas estáveis ou com oscilação dentro da margem de erro. “A Nação está em compasso de espera enquanto assiste atônita ao caos da segurança pública e da falência do Estado”, afirmou o diretor do Ipsos, Danilo Cersosimo. Cersosimo lembrou que a pesquisa Ipsos não é de intenção de voto. Os pesquisadores leem alguns nomes e pede ao entrevistado para dizer se aprova ou não a maneira como eles atuam no País. O Ipsos ouviu 1.200 pessoas em 72 municípios, entre 1.º e 13 de março. A margem de erro é de três pontos porcentuais. Como entre os nomes listados estão os dos principais presidenciáveis, é possível avaliar em que medida eles são vistos com simpatia ou rejeitados. Segundo a pesquisa, todos os possíveis candidatos à Presidência têm a imagem desaprovada pela maioria da população – sete deles são rejeitados por dois terços ou mais. A exceção é o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, que dialoga com o PSB, mas não se decidiu se vai entrar na disputa. Barbosa é desaprovado por 42% e aprovado por 38%.

Estadão
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