Foto: Dida Sampaio/Agência Estado/Arquivo
Enciumado com Michel Temer, Rodrigo Maia saiu-se com uma pérola, ao propor diminuir o número de ministérios 22 de fevereiro de 2018 | 10:31

Liberal defendendo diminuição do Estado no Brasil é boa novidade

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Algo que preste saiu da boca do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ontem, depois de um encontro com o presidente Michel Temer (PMDB). Enciumado com a intervenção federal em seu Estado com que Temer pensa em acrescer alguns pontinhos positivos em sua imagem de mordomo de casa de terror, Maia deixou o encontro revelando que não pode concordar com qualquer proposta de aumento de impostos, segundo ele apresentada pelo presidente como forma de compensar o recuo na apresentação da proposta de reforma da Previdência. Em seguida, Maia defendeu o que parece nunca ter saído de sua boca antes: a redução do número de ministérios. Se fosse para valer, a idéia, como alternativa para conter o crescente deficit fiscal que o descarte da reforma da Previdência só vai potencializar, era, de fato, para ser aplaudida em praça pública. Afinal, não é sempre que se vê político defendendo a diminuição do Estado no país, mesmo que a liderança em questão perfile entre as que pertencem a legendas de confissão liberal, como o DEM, tão interessado quantos todos os demais partidos em ter espaço para indicar apaniguados na máquina pública e, se possível, fazer negócios. Com certeza, não há saída possível, senão reduzir o tamanho do Estado, cortar gastos e acabar com privilégios, algo normalmente de que a maioria dos políticos não gostam de ouvir falar nem de longe. O pior é que não só eles, como também juízes, desembargadores, promotores, auditores…

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