09 de janeiro de 2018 | 20:46

Comércio varejista da Bahia deve crescer 10% em 2018, segundo Fecomércio-BA

economia

O ano de 2018 se inicia com mais otimismo na economia. O país conseguiu se recuperar da crise com crescimento do PIB de 1% no ano passado, segundo estimativa, e deve crescer 3% este ano. O desempenho mais favorável está relacionado à continuidade de melhora do ambiente de negócios, com inflação e juros mais baixos, além da melhora no mercado de trabalho. A economia baiana deve seguir esta tendência positiva, sobretudo o comércio varejista. De acordo com a Fecomércio-BA as vendas devem crescer 10% em 2018 na comparação com 2017 atingindo um faturamento de R$ 66 bilhões, ou seja, um aumento de seis bilhões de reais no varejo do Estado.Entre as dez atividades analisadas pela Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) oito devem registrar variação positiva, uma estabilidade (Outras Atividades) e uma retração -3% no setor de Concessionárias de Veículos. O destaque para este ano fica para a área supermercadista, com crescimento de 11% atingindo 23,8 bilhões de reais de faturamento. Por ter o maior faturamento do Estado, este setor exerce mais influência sobre o resultado final, o que significa 3,8 pontos percentuais em participação absoluta.As demais variações positivas são das seguintes atividades: Autopeças e Acessórios (+32%), Eletrodomésticos e Eletrônicos (+29%), Móveis e Decoração (+16%), Farmácias e Perfumarias (+11%), Vestuário, Tecidos e Calçados (+7%), Departamentos (+4%) e Materiais de Construção (+3%).Outras pesquisas da Federação mostram que consumidores e empresários do comércio estão mais otimistas. O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) fechou o ano passado com quase 84 pontos, 4% superior ao registrado no final de 2016. E o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) encerrou 2017 com patamar 8% maior que no ano anterior, de 107 pontos. (ambas as pesquisas a pontuação varia entre 0 e 200 pontos).O maior poder de compra está relacionado à inflação mais baixa, 2,4% no acumulado de 12 meses na RMSA e deflação (-2,1%) em alimentos. O índice de preços deve subir um pouco mais em 2018 por conta de alguns fatores como demanda mais alta, safra agrícola menor, preço dos combustíveis, dentre outros.Entretanto, mesmo com o índice de preços pressionando um pouco mais, o orçamento das famílias não vai ser afetado, por outro lado, é prevista a ampliação gradativa da renda por causa da melhoria do mercado de trabalho. Segundo o CAGED, de janeiro a novembro, houve um saldo positivo de quase 19 mil vagas com carteira assinada no estado da Bahia. O trabalho informal também vem colaborando para que as famílias consigam ampliar o seu consumo. A expectativa é que essa variável, emprego, deve ser o destaque em 2018, sendo o fator importante para o crescimento nacional e regional.

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