Foto: Divulgação
Ex-secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques 19 de outubro de 2017 | 13:45

Paulo Taques pagou R$ 50 mil em dinheiro vivo para bancar grampos, diz cabo da PM

brasil

O cabo Gérson Corrêa, réu pelo escândalo da Grampolândia no Mato Grosso, confessou, em depoimento, ter recebido R$ 50 mil em dinheiro vivo de Paulo Taques à época que o ex-secretário era coordenador jurídico da campanha de seu primo, o governador Pedro Taques (PSDB). As informações foram divulgadas pela TV Globo. O dinheiro teria sido direcionado ao custeio de grampos clandestinos que pegaram advogados, jornalistas, médicos, juízes e políticos da região. O cabo é réu no processo criminal sobre a grampolândia de Mato Grosso. Ele foi interrogado nesta segunda-feira, 16. Correa decidiu colaborar com as investigações sobre o escândalo que abalou o governo de Mato Grosso. Em seu depoimento, ele ainda acusou o ex-comandante da corporação, coronel Zaqueu Barbosa, de comandar o esquema ‘barriga de aluguel’, a máquina de grampos clandestinos. erson Correa declarou no interrogatório que ouviu o ex-secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques – primo do governador Pedro Taques – contar que o motivo das interceptações clandestinas era ‘estritamente político’. Paulo Taques também foi preso. O cabo disse que os grampos foram instalados durante a campanha eleitoral de 2014 para o Governo de Mato Grosso. Os alvos, segundo o militar, eram ‘adversários’ do então candidato tucano Pedro Taques. O governador nega enfaticamente envolvimento com o esquema de grampos. “Os números dos telefones foram passados pelo coronel Zaqueu, que me orientoou a fazer o acompanhamento online dessas pessoas durante o período que antecedeu o pleito eleitoral de 2014”, declarou Correa. Segundo o cabo, Zaqueu determinou a ele que somente escutasse ‘alvos políticos’, ‘devendo-lhe repassar qualquer situação suspeita que ouvisse’. O militar contou, ainda, que os grampos foram encerrados em outubro de 2015, dpeois que o coronel foi interrogado pelo ex-secretário de segurança Pública Mauro Zaque, sobre ‘barriga de aluguel’.

Estadão
Comentários