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Robinson Almeida será obrigado a deixar mandato de deputado federal para voltar a ser suplente 21 de setembro de 2017 | 10:05

Robinson Almeida leva dura rasteira com nomeação de Jusmari à Sedur

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A ida da ex-prefeita de Barreiras e ex-deputada federal Jusmari Oliveira (PSD) para a secretaria de Desenvolvimento Urbano é um duro golpe no deputado federal petista Robinson Almeida, que passa a ver seus planos de reeleição à Câmara, que já eram difíceis, se tornarem praticamente impossíveis. Suplente, Robinson terá que deixar a Câmara e voltar para Salvador, com o retorno do hoje secretário Fernando Torres (PSD) ao Parlamento.

No governo, a avaliação que se faz é a de que a saída de Robinson não foi intencional. O governo desejava ter Jusmari, fechando o círculo com o compromisso das mais importantes lideranças políticas do Oeste com a reeleição do governador Rui Costa (PT), e a porta que se abriu, ante a dificuldade de se negociar o ingresso da ex-deputada no PSB da senadora Lídice da Mata, foi a de uma secretaria comandada pelo PSD do senador Otto Alencar.

Além disso, nem Otto e muito menos o governo andavam satisfeitos com o trabalho de Torres. Mas Robinson paga pela rebeldia com que exerceu seu curto mandato, a qual, foi responsável pela grande exposição que o governador sofreu por ocasião de uma mal sucedida operação para rejeitar a primeira denúncia de Rodrigo Janot contra o presidente Michel Temer (PMDB) na Câmara dos Deputados em troca da liberação de recursos do Banco do Brasil para a Bahia.

Os deputados do governo baiano chegaram a dar quórum para ajudar Temer, o dinheiro até hoje não saiu, mas, por causa da resistência imposta por Robinson ao acordo costurado pelo senador Otto Alencar com o consentimento de Rui Costa, o governador acabou sendo forçado a explicitá-lo por meio da exoneração, na época, de Fernando Torres e do seu seu secretário de Articulação Política, Josias Gomes, o que não deixou de desgastá-lo.

Agora, quando Otto Alencar ofereceu uma das secretarias ocupadas pelo PSD para abrigar Jusmari, protegendo-a, inclusive do risco de prisão por força de uma ação decorrente do período em que foi prefeita, ninguém no governo pensou na rasteira que Robinson levaria. “E deveria?”, questionou ao Política Livre um importante membro do PT com acesso direto a ina, lembrando de forma irônica de que como o “deputado-suplente” foi “útil” quando o governo precisou dele pela primeira vez.

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