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O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e autoridades do país inspecionam a bomba nuclear 03 de setembro de 2017 | 12:45

Lideranças internacionais condenam teste nuclear da Coreia do Norte

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A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente da França, Emmanuel Macron, condenaram em conjunto último e maior teste nuclear da Coreia do Norte. Em um comunicado oficial, o governo alemão disse que os dois líderes concordaram em aumentar as sanções econômicas da União Europeia (UE) aos norte-coreanos, além de defender uma resposta do Conselho de Segurança da ONU, após uma conversa por telefone neste domingo, 3 de setembro. “Esta última provocação de Kim Jong-un atingiu uma nova dimensão”, diz o comunicado do governo alemão. “Além do Conselho de Segurança da ONU, a União Europeia também precisa agir agora. A chanceler e o presidente expressam seu apoio pelo aumento das sanções da UE contra a Coreia do Norte”. Mais cedo, Macron disse que a comunidade internacional deve reagir “firme e rapidamente” ao, que ocorreu horas antes. Macron pediu uma resposta ágil do Conselho de Segurança da ONU, no qual a França tem assento permanente. “O presidente da República convoca os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas a rapidamente reagir a essa nova violação da lei internacional pela Coreia do Norte”, escreveu Macron em um comunicado oficial. “A comunidade internacional deve tratar esta nova provocação com a maior firmeza, para trazer a Coreia do Norte incondicionalmente de volta ao caminho do diálogo e passar ao completo, verificável e irreversível desmonte de seu programa nuclear e balístico”, completou. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assim como autoridades dos governos da Rússia, Japão, Coreia do Sul, e inclusive China, maior parceiro econômico da Coreia do Sul, condenaram o sexto teste nuclear realizado pelo regime de Kim Jong-un neste domingo. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, declarou que a manobra é “absolutamente inaceitável” e pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança internacional. A China declarou “forte condenação” ao teste nuclear, segundo a agência de notícias estatal chinesa Xinhua. A Coreia do Sul afirmou que pretende responder com as medidas mais severas possíveis. O diretor do Departamento Nacional de Segurança do país, Chung Eui-yong, afirmou que o presidente Moon Jae-in buscará todas as medidas diplomáticas disponíveis, incluindo novas sanções do Conselho de Segurança da ONU. Segundo Eui-yong, Moon também discutirá com o governo dos EUA formas de utilizar os “meios estratégicos mais fortes” de que dispõem os norte-americanos para isolar completamente Pyongyang. Em nota, o ministério de Relações Exteriores da Rússia disse que o anúncio do teste nuclear “merece máxima condenação”, e pediu o início imediato de diálogo e negociações para baixar a tensão na Península da Coreia. O ministério disse estar pronto para participar de uma solução diplomática. Uma das propostas da Rússia é um acordo para que tanto os testes nucleares e balísticos na Coreia do Norte quanto os exercícios militares no Sul tenham fim. Conduzido em parceria entre os exércitos dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, o último desses exercícios ocorreu nessa semana, quando a Força Aérea sul-coreana sobrevoou a península com dois bombardeiros americanos, que tinham capacidade nuclear. O exercício ocorreu dois dias após o disparo de um missil da Coreia do Norte que sobrevoou o Japão. Leia mais no Estadão.

Estadão Conteúdo
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