23 de julho de 2017 | 08:49

Festival do Chocolate e Cacau apresenta novos produtos em Ilhéus

bahia

Do cacau ao chocolate. Essa é a nova realidade do Sul da Bahia, após décadas como região produtora de amêndoas. A cada dia, novos empreendedores passam a investir na produção de chocolates finos, apostando num mercado consumidor em expansão no Brasil e no exterior. O Chocolat Bahia 2017, Festival Internacional do Chocolate e Cacau, que está sendo realizado em Ilhéus, com o apoio do Governo da Bahia, é uma oportunidade de apresentar novos produtos, adquirir e trocar conhecimentos e ampliar os negócios. São cerca de 40 marcas de chocolates regionais em exibição, tendo como característica o cacau de qualidade, resultado de investimentos na modernização da lavoura.Hans Schaeppi é um pioneiro. Há 32 anos, ele implantou a primeira fábrica de chocolate caseiro do Nordeste. “Foi um grande desafio, porque havia uma cultura de produzir amêndoas e percebi que era preciso investir no produto final. Hoje vejo com alegria a região partindo para a verticalizado e se tornando a terra do cacau e do chocolate”, afirma. Atualmente, Hans produz cerca de duas mil toneladas por ano, comercializa os produtos em todo o país e busca atingir o mercado chinês. O setor de chocolates premium cresce cerca de 10% ao ano no Brasil, enquanto o mercado tradicional cresce apenas 2%. Henrique Almeida é outro exemplo de produtor de cacau que apostou no chocolate. Da terceira geração de uma família de produtores de cacau, ele começou a produzir chocolate há cinco anos. Investiu em amêndoas de qualidade, cursos de capacitação e hoje comercializa o chocolate premium em grandes redes da Bahia e do Sul/Sudeste do país. O próximo passo é o mercado árabe e os Estados Unidos. “Cacau é alimento e também prazer. Nosso foco é a qualidade. Esse é o caminho da região. O negócio cacau só é viável se atrelado ao chocolate”, destaca. O mercado de chocolate atrai jovens empreendedores como Leonardo Maia. Com pós-graduação em Gestão de Negócios em Cacau e Chocolate, ele está produzindo chocolates finos com 50% e 70% de cacau. “Na infância, sempre tive muito contato com fazendas de cacau e sempre que podia acompanhava os trabalhadores nos tratos e colheita do cacau. Em minhas viagens para outros países, tive a oportunidade de experimentar diversos tipos de chocolates e percebi que o nosso cacau do Sul da Bahia tem um potencial grande a ser explorado”, ressalta.

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