Foto: Reprodução/Facebook
Vice-prefeito Bruno Reis 15 de maio de 2017 | 07:47

Uma medalha para Bruno Reis, por Raul Monteiro

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É grande a mobilização que se faz em torno da solenidade em que o vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis (PMDB), receberá a medalha Thomé de Souza, nesta quinta-feira, às 19h, na Câmara Municipal. Trata-se de uma iniciativa do presidente da Casa, Leo Prates (DEM), em retribuição à atuação de Bruno e também em reconhecimento a seu trabalho político e de defesa do grupo de ambos, liderado pelo prefeito ACM Neto (DEM). Com o ato, Bruno comemora 20 anos de vida pública, que, apesar de muito bem- sucedida, se levada em conta sua história, não foi exatamente fácil.

Para o vice, a homenagem tem um valor especial, porque coincide com a data de seu aniversário e celebra o início do seu ingresso na atividade pública, por caso iniciada no Legislativo municipal, na condição de estagiário. Foi como assessor do então vereador João Carlos Bacelar, atualmente deputado federal e presidente do PTN na Bahia, hoje afastado politicamente do prefeito de Salvador, que Bruno embrenhou-se pelos meandros da política e teve a certeza de que aquela era a atividade à qual gostaria de se dedicar para o resto da vida.

Sua eleição ao cargo de vice-prefeito de Salvador, no ano passado, pode ser vista como a consagração de um sonho e também a abertura de um caminho de oportunidades, porque não é impossível que possa se tornar, em curto espaço de tempo, também prefeito da cidade, no caso de ACM Neto renunciar ao mandato para se candidatar ao governo do Estado, no ano que vem. Não é por outro motivo que o prefeito investe na formação do correligionário no âmbito da própria administração de forma a poder largar a Prefeitura sem maiores preocupações com relação à gestão que o vice pode realizar, na hipótese de seu afastamento.

O caminho percorrido por Bruno até a escolha para vice de Neto é o de um verdadeiro guerreiro, principalmente porque ele não possui o perfil tradicional dos amigos do prefeito, muitos dos quais egressos do mesmo meio social e educacional do democrata e que ascenderam política e profissionalmente na esteira de sua chegada à Prefeitura de Salvador. Antes, soube construir sua relação com o líder na base da amizade, da lealdade e da confiança no crescimento de ambos, cacifando-se para a disputa decisiva que o colocaria na posição atual.

Dos aliados do prefeito hoje, é difícil encontrar algum que o auxilie politicamente de forma tão importante como Bruno, um trabalho facilitado pela identidade geracional e o absoluto entendimento em relação a estratégias políticas que compartilham. Trata-se de uma parceria difícil de construir e, de tão bem- sucedida, também de destruir, motivo porque produz sua boa dose de inveja em setores do grupo. Exatamente porque é difícil, depois de tantas vitórias juntos, vê-los separados que a festa programada para Bruno nesta quinta-feira é também abertamente do prefeito de Salvador.

* Artigo publicado originalmente no jornal Tribuna da Bahia

Raul Monteiro*
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