10 de abril de 2017 | 18:00

Remessas de imigrantes somam cerca de US$ 500 bilhões ao ano no mundo

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Enquanto questões relacionadas à imigração estão levando a grandes debates na Europa e ao redor do mundo, o “benefício de desenvolvimento” causado pelos cerca de US$ 500 bi que imigrantes enviam por ano a “países e famílias pobres” não pode ser subestimado. A afirmação foi feita pelo diretor do Fundo Internacional para Desenvolvimento Agrícola da ONU (Fida), Adolfo Brizzi, durante o evento “O dinheiro fala – porque migrantes são importantes”, realizado na Itália. Segundo o Fida, há cerca de 250 milhões de imigrantes vivendo fora de seus países em todo o mundo. As estimativas são de que as remessas de dinheiro enviado por trabalhadores imigrantes a suas famílias em países mais pobres ajudem outras 750 milhões de pessoas. Juntando os que enviam e recebem, as remessas tocam diretamente as vidas de uma em cada sete pessoas no planeta. As informações são da ONU News. De acordo com o Fida, a maioria da renda de um trabalhador migrante permanece no país em que ele atualmente reside. Apenas uma fração, normalmente em montantes de US$ 200 ou US$ 300, é enviado ao país de origem várias vezes ao ano. Embora esses valores pareçam baixos, eles podem representar até 50% ou mais da renda da família. Adicionando todos os bilhões de transações financeiras envolvidas, as remessas chegam a quase US$ 500 bi, mais de três vezes os recursos de assistência oficial ao desenvolvimento de todas as fontes. Apesar da grande soma, o diretor do Fida disse acreditar que os benefícios às famílias nos países de origem poderia ser muito maior se os trabalhadores imigrantes tivessem acesso a mercados mais competitivos para transferência de dinheiro e serviços financeiros especializados que ajudá-los a economizar ou investir seus recursos.

Agência Brasil
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