Foto: Reprodução/Twitter
01 de abril de 2017 | 07:00

Congresso do Paraguai é incendiado por manifestantes

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O Congresso do Paraguai foi incendiado na noite desta sexta-feira, 31, horas depois que senadores partidários do presidente Horacio Cartes aprovaram uma emenda à Constituição liberando a reeleição presidencial. Esse foi o motivo da ira dos manifestantes, que não aprovaram a forma como a mudança foi feita e invadiram, saquearam e incendiaram o Congresso paraguaio. Segundo o jornal Folha de São Paulo, na terça-feira, 28, uma sessão paralela no Senado, comandada pela bancada governista à revelia do presidente da Casa –o opositor Roberto Acevedo–, abriu caminho para o direito a reeleição ser votado em plenário nesta sexta.Acevedo e outros opositores de Cartes acusaram a manobra de “golpe parlamentar”. Já na terça, a capital, Assunção, havia registrado protestos em torno do Congresso, que acabaram ganhando outra dimensão. Inicialmente, os manifestantes que estavam do lado de fora enquanto ocorria a sessão plenária foram alvo da polícia, que disparou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. O confronto se expandiu pelas ruas do centro de Assunção, enquanto outro grupo permaneceu em frente ao Congresso e conseguiu entrar. Os manifestantes atearam fogo em uma guarita, e as chamas atingiram parte do prédio. Uma parte deles foi até os gabinetes dos senadores que aprovaram a emenda e saquearam as salas.Cerca de meia hora depois, os bombeiros chegaram para conter as chamas, e o protesto se dispersou. Segundo as autoridades, ao menos 30 pessoas ficaram feridas, incluindo políticos.Acevedo foi atingido de raspão por uma bala de borracha, assim como o liberal Efraín Alegre e o deputado Édgar Costa. Diante da violência dos protestos, a Câmara de Deputados –onde Cartes tem maioria– cancelou a sessão que estava marcada para a manhã de sábado (1º) para aprovar o projeto e enviá-lo à sanção presidencial. Em Ciudad del Este, centenas bloquearam a Ponte da Amizade, na fronteira com Foz do Iguaçu (PR).

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