Foto: Manu Dias/Agecom
Wagner e Lula 09 de fevereiro de 2017 | 09:55

Wagner diz que “Lula é o candidato do PT”

bahia

O secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Jaques Wagner, reafirmou ontem que o ex-presidente Lula é o candidato do PT ao Palácio do Planalto em 2018, mas não descartou a possibilidade de o partido apoiar outro candidato, como Ciro Gomes (PDT). “Estou tranquilo. Quando chegou a eleição da presidente Dilma, disse a Eduardo Campos que ele podia ficar no nosso grupo. Não necessariamente precisava ser um candidato do PT. Como houve impeachment, há a sede pela volta de Lula. Caso contrário, existem outras opções, como Ciro Gomes. Ele poderia ser apoiado pelo PT”, disse em entrevista à rádio Metrópole. “Sou candidato ao Senado. Mas se também for chamado para ser candidato [a presidente], não tem o que discutir”, completou. Wagner, entretanto, ressaltou que ainda é “muito cedo” para discutir 2018, e que o cenário dos próximos dois anos dependerá de como o momento atual vai se desenrolar. “2018 é uma caixa de surpresas. Tudo depende de como a economia vai se comportar, depende das denúncias também. O PT não acabou nem acabará, o PT tem um espaço na economia nacional. Corresponde a uma fatia do pensamento nacional. Muita gente fica com raiva por inveja. A sustentação dos movimentos nacionais é fundamental”, assinalou. Realmente acho que a gente fez uma gestão da economia abrindo demais, muitas isenções fiscais para empresas que não retornaram. Aí teve a queda do petróleo, do ferro, da soja… Agora o preço do ferro já dobrou internacionalmente”, acrescentou. O petista também minimizou as críticas de aliados no sentido de que o governador Rui Costa (PT) faz pouca política, e relembrou a escolha do aliado para ser candidato em 2012. “Quando vou para o interior, peço para não comparar o meu governo com o de Rui. Quando ganhei em 2007, foi uma grande novidade a descompressão que fizemos na política baiana. Rui não teve isso porque chegou porque já chegou com esse clima de descompressão. Ninguém acreditava que se podia ganhar do Carlismo, nem Lula”, relembrou. “E eu governei em época de vacas gordas, Rui está nas vacas magras. Esse momento é duríssimo. E esse jeito mais direto de Rui talvez seja a arma do sucesso. Não sei se eu teria conseguido segurar as contas. Estou muito satisfeito”, prosseguiu.

Tribuna da Bahia
Comentários