Foto: Mateus Pereira/GovBA
Otto aplaude em ato em que Rui deu posse a sete novos secretários, inclusive a indicado do seu PSD 25 de janeiro de 2017 | 07:49

Reforma e discurso frustram planos do grupo de Neto de atrair Otto

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A indicação pelo PSD do senador Otto Alencar de mais um secretário na reforma administrativa do governo Rui Costa (PT) e o discurso dele, no dia da posse, na última segunda-feira, reafirmando seu compromisso com a reeleição do governador em 2018, frustou aliados de ACM Neto (DEM) que viam nele uma alternativa para enfrentar o PT na hipótese de o prefeito não se candidatar à sucessão estadual do ano que vem.

Desde a sucessão municipal, interlocutores dos dois lados trocam mensagens políticas, aproveitando-se da origem comum de Otto no carlismo e dos vários laços de amizade entre muitos correligionários em ambos os grupos. Inicialmente, o senador era visto como uma figura que podia ser atraída para o lado do prefeito, indicando inclusive, se fosse do seu interesse, o candidato a vice.

Este Política Livre chegou a relatar que, no grupo de Neto, circulava a idéia de composição de uma chapa que tinha o democrata como cabeça e o filho do senador, Otto Filho, hoje presidente da Desenbahia, como candidato a vice.  A atração de Otto era interpretada como a verdadeira abertura de um buraco “no casco” que faria o barco do governo afundar aos poucos.

No limite, alguns achavam, no entanto, que o senador poderia também receber o apoio do time do prefeito na hipótese de o democrata desistir de se candidatar em 2018. Avaliavam que era melhor ter alguém com o perfil mais liberal do senador no governo do que verem a perpetuação de adversários no comando do Estado. Ao fortalecer a posição de Otto na administração, o governo parece, entretanto, ter eliminado esta possibilidade.

Até um “pequeno” desentendimento envolvendo a indicação da presidência da Conder, um desejo do senador que o governo não atendeu e fez com que ele mandasse um recado ao grupo do governador dizendo que não assumiria tão cedo compromisso com a sua reeleição, foi sanado à custa de muita conversa antes do anúncio da reforma administrativa, levando Otto a fazer juras de amor ao petista no ato de posse.

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