06 de janeiro de 2017 | 07:43

“Quer tomar a vaga de Lídice”, diz Luiz Augusto sobre Nilo

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Candidato à presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado estadual Luiz Augusto (PP) minimizou a declaração do atual presidente da Casa, Marcelo Nilo (PSL), que disse ter firmado um pacto com a senadora Lídice da Mata (PSB) com vistas ao Senado em 2018. Pelo acordo, aquele que tivesse mais densidade política daqui a dois anos apoiará o outro na chapa de Rui Costa.“Eu vi Marcelo falando, mas não vi Lídice falando. A foto que ele colocou é uma foto de campanha, uma foto antiga. Isso não tem nada a ver com a Assembleia. Se ele quer o Senado, quer tomar a vaga de Lídice. Mas se ele quiser ir, não tem problema nenhum”, disse à Tribuna. “Está complicado isso. Ele [Nilo] ligou para Eduardo Sales e disse que eu havia desistido, e pediu que Eduardo o apoiasse”, contou o pepista. De acordo com Augusto, o apoio da oposição a ele ou a Ângelo Coronel (PSD), que também está no páreo resguardado pelo senador Otto Alencar (PSD), é quase certo. “A oposição elaborou um documento e um dos pontos, uma das exigências para o apoio é que não haja reeleição. Então eles não devem apoiar Nilo”, apostou.Unidos, João Leão (PP) e Otto Alencar (PSD) teriam a intenção de, com a manobra, diminuir a influência de Marcelo Nilo sobre a composição da chapa de Rui Costa nas próximas eleições estaduais. Comenta-se nos bastidores que o senador vai querer indicar para a vice o filho, Otto Alencar Filho, e Leão teria a intenção de disputar o Senado. Nessa perspectiva, mesmo unidos, Nilo e Lídice sabem que as chances de derrotar o PP e o PSD são pequenas.“Não tem problema nenhum Nilo querer ir para o Senado, ele é nosso parceiro, nosso amigo”, disse Leão. “Em 2018 posso ser candidato a deputado federal, a senador e a vice-governador. Só não vou ser candidato a governador porque tenho um compromisso com Rui. Jaques Wagner, Walter Pinheiro e a própria Lídice podem pleitear a vaga. Não vamos discutir isso agora. O meu compromisso e o de Rui nesse momento é com a Bahia”, assegurou. “Quando fui candidato a deputado, tive mais de 290 mil votos, davam para dois”, ressaltou, sugerindo que não precisa disputar qualquer vaga com o atual presidente da AL-BA.O vice-governador ressaltou que não está pensando muito no assunto, e que passou a tarde redigindo um documento que será apresentado a empresários e membros do governo chinês, que chegam hoje em Salvador. As autoridades vão discutir projetos como a Ponte Salvador – Itaparica, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) do Subúrbio de Salvador, o Porto Sul e a obra da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol). A Tribuna tentou contato com Otto Alencar e Ângelo Coronel, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. (GR)

Tribuna da Bahia
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