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11 de janeiro de 2017 | 21:33

Procuradoria do Peru quer ouvir três ex-presidentes no caso da Odebrecht

brasil

A Procuradoria Anticorrupção do Peru solicitou o testemunho de três ex-presidentes do país e de outras 72 pessoas no âmbito da investigação sobre o suposto pagamento de subornos milionários pela empresa brasileira Odebrecht a funcionários públicos.A presidente do Conselho de Defesa Jurídica do Estado, Julia Príncipe, disse em entrevista coletiva que, além das declarações dos ex-presidentes Alejandro Toledo, Alan García e Ollanta Humala – que governaram entre 2001 e 2016 -, a Procuradoria Anticorrupção também pediu à promotoria que convoque o ex-presidente da companhia Marcelo Odebrecht e Jorge Barata, que foi gerente da empresa no Peru.A autoridade apontou que entre as pessoas que devem depor também há ex-ministros, ex-presidentes do Congresso, ex-governadores e ex-prefeitos de localidades onde a construtora brasileira desenvolveu projetos. As irregularidades cometidas pela Odebrecht custaram ao Peru ao redor de US$ 283 milhões, disse na quarta-feira a Controladoria.”Dos 23 projetos em que participou a Odebrecht, com US$ 16,940 bilhões envolvidos, se revisaram 16 projetos onde se comprometiam US$ 11,271 bilhões e, após os trabalhos de controle foi determinado um suposto prejuízo econômico de US$ 283 milhões”, afirmou o controlador Edgar Alarcón em entrevista coletiva.As autoridades peruanas trabalham para avaliar os danos que a Odebrecht pode ter infligido ao país andino desde que ela reconheceu subornos para funcionários não identificados no Peru e em outras nações da região, em um acordo de US$ 3,5 bilhões firmado nos EUA.A Odebrecht conseguiu 23 contratos públicos pelo valor de ao menos US$ 16,940 bilhões no Peru entre 1998 e 2015, dos quais 16 foram auditados ao longo dos anos, disse a Controladoria. As autoridades investigam o suposto pagamento de subornos de US$ 29 milhões no Peru.

Estadão Conteúdo
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