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Edizio Nunes é um dos dirigentes do PT baiano 04 de janeiro de 2017 | 11:31

Pressão por expulsão de vereadores ganha corpo no PT

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Aberta com a decisão da vereadora Marta Rodrigues (PT) de se lançar candidata à presidência da Câmara Municipal contra o colega favorito Leonardo Prates (DEM), a crise na seção do PT em Salvador permanece se avolumando, devido à pressão para que os vereadores petistas Suíca e Moisés Rocha, que votaram no democrata, sejam expulsos.

Em post numa rede social, o assessor do governo e ex-candidato a presidente do PT de Salvador, Edizio Nunes, um dos mais respeitados dirigentes da sigla, cobrou uma postura da direção da legenda contra os dissidentes.

Segundo Edízio, não faz sentido os representantes do partido terem desprezado a candidatura da agremiação, definida em reunião interna, para votar no candidato do prefeito ACM Neto (DEM), a quem o partido faz oposição na Bahia.

“2 Vereadores do PT votam no DEM pra presidente da Câmara Municipal de Salvador, no principal quadro ligado a ACM Neto, que somos oposição, contra a candidata do partido, e o diretório municipal fica inerte, mudo?”, questionou Nunes.

O dirigente também exigiu que a posição dos vereadores seja analisa pela Comissão de Ética do partido, primeiro passo para que ambos possam ser expulsos da agremiação. “Isso é motivo pra entrar com ação judicial de infidelidade partidária e perda de mandato. Ou será q o DM do PT de Salvador precisa de mais elementos fáticos?”, acrescentou.

Para completar, Nunes ainda escreveu a seguinte hashtag: “#Comissãodeéticajá”. O questionamento do petista turbinou internamente a polêmica sobre o comportamento dos vereadores no PT, produzindo quase uma centena de comentários sobre a situação do partido na capital.

Em troca do apoio a Prates, Suíca ganhou a Ouvidoria da Câmara e Moisés deve ser eleito presidente de uma comissão especial que se encarregará de discutir as políticas para o Carnaval de Salvador.

Desde o início da gestão de ACM Neto, membros da bancada petista flertavam abertamente com o prefeito. Alguns, como Henrique Carballal e J. Carlos Jr., chegaram a deixar o partido na Casa para se aliar ao democrata. Carballal, inclusive, caminha para ser o líder do governo na Câmara.

O comportamento dos que permaneceram no PT, apesar do posicionamento igualmente favorável ao prefeito, nunca foi questionado, abrindo espaço para que a legenda seja publicamente desrespeitada de maneira continuada, como aconteceu na votação da última segunda-feira.

Ontem, numa entrevista à Rádio Metrópole, o presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação, botou panos quentes no comportamento de Suíca e Moisés Rocha, produzindo ainda mais indignação internamente na legenda.

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