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Robinson Almeida e Carlos Martins 21 de janeiro de 2017 | 08:21

Martins sucumbe e Robinson ascende com reforma soft de Rui

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Com poucas e insignificantes mudanças, pelo menos para quem esperava que os ajustes já modelassem sua estratégia para o projeto de reeleição em 2018, a reforma administrativa anunciada ontem à noite pelo governador Rui Costa (PT) foi extremamente útil a um petista e prejudicial a outro.

Coordenador da campanha de Rui, Carlos Martins acabou perdendo o posto de secretário de Desenvolvimento Urbano para o deputado federal do PSD Fernando Torres – uma indicação atribuída ao senador Otto Alencar – e ficando, ao menos por enquanto, desempregado.

Já o ex-secretário de Comunicação de Jaques Wagner, Robinson Almeida, um suplente de deputado federal que ficou na geladeira da administração Rui Costa desde o princípio, conseguirá finalmente ascender à condição de parlamentar com a nomeação de Torres para secretário.

Robinson deve sua ascensão mais uma vez a Wagner, que será nomeado secretário de Desenvolvimento Econômico, depois de ter voltado à administração estadual no ano passado, na condição de chefe do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, dentro de uma sábia estratégia para obter foro privilegiado.

Ao confirmar que Torres seria indicado pelo PSD para secretário e que sua nomeação seguraria o mandato de deputado federal do também suplente Davidson Magalhães, do PCdoB, o ex-governador baiano passou a articular intensamente pela subida de Robinson para a Câmara dos Deputados.

Para isso, foi obrigado a trabalhar, mesmo contra a vontade, pela manutenção no governo do secretário Josias Gomes, titular da pasta de Relações Institucionais, que Rui Costa pretendia substituir por outro colaborador em decorrência da grande rejeição existente contra ele por parte de sua base parlamentar.

Caso Josias deixasse o governo, voltaria para a Câmara dos Deputados, inviabilizando o sonho de Robinson de virar deputado. Quanto a Martins, teve seu prestígio profundamente abalado em todo o episódio, sendo obrigado a se contentar com a promessa de que ainda será aproveitado em algum lugar no governo.

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