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César Lisboa pode ir para chefia de Gabinete do governador no lugar de Cícero Monteiro 27 de janeiro de 2017 | 12:53

“Lambança” na Assembleia fortalece plano de Wagner de trazer Lisboa

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O governador Jaques Wagner (PT) não está apenas trabalhando para evitar a fratura na base em decorrência das candidaturas à presidência da Assembleia Legislativa dos deputados Marcelo Nilo (PSL) e Angelo Coronel (PSD).

Nos bastidores, o novo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico atua também para melhorar o núcleo da articulação política do governo, buscando indicar alguns nomes que ficaram fora da reforma administrativa do governador Rui Costa (PT) e colocar mais próximos dele outros que acabaram em posições menos relevantes para a performance política do governo.

Um dos quadros que pode ascender neste processo é César Lisboa, que Wagner pensa em colocar na chefia de Gabinete do governador. Ele substituiria, nesta posição, Cícero Monteiro, que pode ser nomeado para presidir a Conder, já que o atual presidente, José Lúcio, reiterou o pedido para deixar o órgão por questões pessoais.

Junto com Carlos Martins, que acabou politicamente isolado na secretaria estadual de Justiça, Cícero e Lisboa, empoderados em posições chave da administração, serviriam ao plano de Wagner de fortalecer politicamente o governo. Por este motivo, ainda se especula que Martins poderia ser mudado para uma nova secretaria na administração, de outro alcance em termos de articulação.

Uma fonte governista contou ao Política Livre que Wagner decidiu mexer os pauzinhos no sentido de indicar Lisboa e fortalecer os auxiliares históricos depois de avaliar que a articulação política atual do governo cometeu outra lambança em relação ao processo sucessório na Assembleia Legislativa.

Para o ex-governador, o governo tinha duas alternativas desde o princípio: apoiar a reeleição de Nilo, apesar do preço alto que julga pagar por seu apoio na Assembleia Legislativa, ou imobilizar o aliado e trabalhar por um nome alternativo, garantindo a sua eleição.

Em ambas as hipóteses, o propósito era impedir a existência de mais de um candidato da base, como acabou acontecendo, o que tornou a participação do prefeito ACM Neto (DEM) no processo simplesmente decisiva – tudo o que o petista não queria que acontecesse.

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