11 de janeiro de 2017 | 13:01

Integrantes da FDN são transferidos para presídios federais

brasil

O governo do Amazonas começou a transferir nesta quarta-feira, 11, 17 detentos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e da Unidade Prisional do Puraquequara, em Manaus, onde foram mortos na semana passada 60 presidiários; também foram retirados presos do Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat).Os homens, que serão levados a unidades federais ainda não divulgadas, são lideranças da facção Família do Norte (FDN), que ordenou o massacre nas cadeias.Entre os que deixarão o Estado estão presos classificados como “xerifes” da organização, que coordenavam a atividade criminosa dentro das penitenciárias – além de pessoas acusadas de assassinatos em nome da facção e traficantes da região de fronteira.Ao menos quatro dos 17 já haviam sido identificados pela Polícia Federal na Operação La Muralla, que desarticulou parte da quadrilha. No relatório da investigação, é dado destaque para Márcio Ramalho Diogo, o Garrote, transferido nesta quarta, descrito como “perigoso membro da FDN, com diversos antecedentes criminais e reconhecido no mundo do crime pela extrema violência e crueldade com que atua”. Segundo a PF, ele era um “xerife” no Compaj, homem de confiança de outro integrante da cúpula, Carlos César Libório, o Cubiu.A investigação mostrou que Diogo era responsável pelo transporte de grandes cargas de drogas da fronteira para Manaus, tendo sido preso em abordagem policial. Ele, de acordo com a polícia, executava ordens e fazia cumprir as regras de disciplina imposta pelas lideranças, “sendo inclusive o responsável por aplicar penas aos detentos que variavam de lesões graves ao homicídio”. Na cadeia, a PF disse que ele se converteu em braço direito de José Roberto Fernandes Barbosa, o Pertuba, um dos criadores da FDN.Também transferido nesta quarta-feira, André Said de Araújo foi descrito pela polícia como homem de confiança do fornecedor de drogas colombiano Daniel Rodrigues Orosco. “(André) se encarregava de toda a parte operacional do grupo relacionada ao recebimento, armazenamento e distribuição de drogas, armas e dinheiro”, descreveu os agentes no relatório da operação.

AE
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