Foto: Divulgação
O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) 09 de dezembro de 2016 | 17:15

Líder do governo no Senado cobra Temer por vaga para PSDB

brasil

Responsável pela articulação do governo no Senado, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) cobrou nesta sexta-feira, 9, do Palácio do Planalto uma solução rápida sobre a possibilidade de o líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA), ocupar a vaga de Secretário do Governo. “Acho importante o governo prover logo esse cargo. O nome do Imbassahy recebendo flechadas de todos os lados é muito ruim para ele. Ele não merece. Essa situação, de vai ou não vai, é ruim”, afirmou Nunes. O líder ressaltou, contudo, que, independentemente da decisão do Palácio do Planalto, o PSDB irá manter o apoio o governo no Congresso Nacional. “Lógico que o presidente tem que levar em conta a maioria parlamentar. Não é essa indicação que vai levar o PSDB a apoiar ou deixar de apoiar o governo. A minha preocupação é não deixar que essa situação vire fonte de desgaste para o líder do PSDB na Câmara”, ressaltou. “O Imbassahy é uma pessoa ultra qualificada para o cargo.” Questionado sobre qual seria o melhor momento para o governo confirmar o nome do deputado, o Aloysio Nunes respondeu: “Não nasci ontem para dar prazo para presidente”. Até esta quinta-feira, 8, estava tudo acertado entre o presidente Michel Temer e a cúpula do PSDB para que os tucanos assumissem a Secretaria de Governo. Nas conversas ficou acordado que a pasta seria “turbinada” com temas federativos e não ficaria apenas com a função de atuar “atrás do balcão”, ou seja, na articulação política com o Congresso. De acordo com integrantes da cúpula do PSDB, o nome de Imbassahy é fruto de um acordo interno em que foram consultados integrantes da bancada do Senado e da Câmara, governadores da legenda e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Segundo auxiliares do presidente, envolvidos nas negociações e ouvidos pela reportagem nesta sexta-feira, apesar das reações contrárias de parte do PMDB da Câmara e do chamado Centrão, a indicação de Imbassahy não está descartada. Mas o vazamento “precipitado” das conversas entre Temer e a cúpula do PSDB fez com que a confirmação do tucano para a pasta ficasse em “stand by”.

Estadão
Comentários