30 de dezembro de 2016 | 08:12

Avanço do Zika e da microcefalia assustam o mundo em 2016

brasil

Em 2016, mais e mais brasileiros experimentaram a condição de desempregado. O número de pessoas sem trabalho nunca foi tão alto – eram 12,1 milhões até novembro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E a busca por uma vaga tornou-se uma verdadeira maratona. Milhões de pessoas passaram o ano inteiro, em vão, atrás de um emprego. Apesar de os índices de desemprego terem crescido, os problemas no mercado de trabalho não são novidade. Caso se confirme a previsão do mercado financeiro, expressa no Relatório Focus, divulgado na segunda-feira, 26, de queda de 3,5% do Produto Interno Bruto de 2016, serão dois anos de resultados negativos consecutivos e um acúmulo de 7,29% de perdas. Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, os dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) são apenas um reflexo do movimento da retração econômica. “Em um ano, a população ocupada caiu 1,9 milhão, em torno de 2,1%. Mas essa é uma comparação com 2015, que já tinha um nível de ocupação baixo”. A crise foi tão agressiva que desconfigurou até mesmo o movimento sazonal, ou seja, nem vagas temporárias, típicas do fim de ano, apareceram. “Em outubro de 2013, período anterior à crise econômica, o total de desocupados era de 5,6 milhões a menos do que agora”, observa Azeredo. Com esse cenário, muitos currículos acabaram enterrados nas caixas de e-mail dos departamentos de Recursos Humanos. Por isso a aceleração de crescimento da força de trabalho, aquele grupo que está em busca de um emprego, passou a diminuir conforme os meses foram passando. As pessoas estão desistindo de procurar. No trimestre encerrado em outubro, 600 mil perderam empregos, mas somente 195 mil estavam em busca de uma vaga. Isso também se explica pela queda da qualidade dos poucos postos, com salários baixos e instabilidade. Segundo Azeredo, cerca de 6 milhões de trabalhadores não estão procurando nada, mas têm potencial para integrar a força de trabalho.

Agência Brasil
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