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20 de outubro de 2016 | 10:00

Grupo empareda Paulo na Câmara, mas Neto deve definir disputa

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O lançamento ontem do movimento Câmara Democrática, integrado por cinco candidatos à presidência da Câmara Municipal, atiçou profundamente a disputa pela presidência da Câmara Municipal de Salvador. Principalmente, porque eles anunciaram entre suas premissas a idéia de que o que demonstrar maior viabilidade para ganhar terá o apoio dos demais.

Depois, e mais importante, que “não apoiarão nem votarão” no atual presidente, Paulo Câmara (PSDB), candidato à reeleição. Fazem parte do movimento os vereadores Léo Prates (DEM), Geraldo Jr. (SD), Tiago Correia (PSDB), Joceval Santana (PPS) e Isnard Araújo (PRB). Com o movimento, os cinco criaram um fato político e marcaram uma posição contra Paulo que não se imaginava que ocorresse.

Ainda assim, não há na Câmara quem não avalie que a disputa será decidida pelo prefeito ACM Neto (DEM), que, a amigos, já confessou que não deixará a sucessão passar sem a sua participação. Paulo deve ganhar o apoio da oposição ao prefeito, onde é visto com mais força para enfrentar o gestor no Legislativo do que todos os outros candidatos, bastante ligados a Neto.

Por outro lado, enfrenta uma dificuldade com o democrata decorrente de uma posição adotada por seu padrinho político, o ex-prefeito e deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB), durante a campanha municipal. Atribui-se a Imbassahy um movimento no sentido de que, caso a deputada federal Tia Eron (PRB) se lançasse candidata à Prefeitura, o PSDB poderia indicar seu vice.

No Palácio Thomé de Souza, o comentário é o de que Neto não gostou da iniciativa do tucano. E teria ficado tão irado com ela que chegou a anotá-la num caderninho. A depender de sua relação com Paulo, o troco pode vir agora. São especulações, uma vez que ainda há muita água para rolar na sucessão à presidência da Câmara, onde pelo menos um atributo é exigido dos candidatos: equilíbrio para não tropeçar no caminho.

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