Foto: Divulgação/TJ
José Batista foi advogado mais votado para vaga de juiz do Tribunal Regional Eleitoral 22 de outubro de 2016 | 08:30

Geddel deve definir novo membro do TRE baiano

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O segundo e terceiro colocados na lista tríplice eleita ontem por desembargadores baianos para a escolha do novo juiz do Tribunal Regional Eleitoral na vaga de advogado são os mais fortes candidatos ao posto hoje no TRE.

José Batista Júnior, ex-presidente da OAB em Santo Antonio de Jesus, que obteve 33 votos, e Ruy Barata Filho, escolhido por 19 desembargadores, assumem a dianteira na disputa porque quem deve dar as cartas no processo é o ministro Geddel Vieira Lima (Articulação Política).

Geddel é um dos homens mais fortes hoje na Bahia do presidente Michel Temer (PMDB), a quem cabe a escolha final para a Corte Eleitoral. “O nome que Geddel apresentar como seu vai levar o posto”, dizia ontem um advogado que acompanhou a votação como aliado de um colega que concorreu.

Ele acrescentou ter sido informado de que o ministro e seu irmão, o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB), já haviam sido alvo de diversas sondagens por parte dos candidatos nos dias que antecederam a votação pelo TJ.

Atual juiz na Corte eleitoral e segundo colocado na eleição, com 29 votos, Marcelo Junqueira Ayres, que demonstrou força com a votação obtida, é considerado carta fora do baralho por ser genro do secretário estadual de Educação, Walter Pinheiro (PT), adversário dos Vieira Lima.

Apesar de ter chegado à Corte inicialmente patrocinado pelo genro, quando Jaques Wagner era governador e a petista Dilma Rousseff comandava o país, o jovem advogado acabou desvinculando-se da carga política por sua competência e habilidade pessoais, conquistando o respeito de todos.

Por este motivo, é quase certo que consiga ser escolhido mais à frente desembargador, seguindo o mesmo exemplo de juízes eleitorais que posteriormente se candidataram à mais alta Corte, como Roberto Frank e Maurício Kerteszman.

O primeiro colocado na eleição, José Batista, tem forte presença no interior. Já Ruy Barata é filho de uma desembargadora que fez campanha aberta para ele no TJ. Ele teria também ligações com o atual presidente do Tribunal de Contas da União, o baiano Aroldo Cedraz.

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