Foto: Lula Marques
Ex-senador Gim Argello (PTB) 03 de maio de 2016 | 12:00

Sócio da Engevix diz à PF que Gim Argello exigiu R$ 5 milhões

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Um dos sócios da empreiteira Engevix, o empresário José Antunes Sobrinho, afirmou à Polícia Federal que o ex-senador Gim Argello (PTB), exigiu R$ 5 milhões para não convocá-lo a prestar depoimento da CPMI da Petrobrás em 2014. Antunes Sobrinho é o segundo empreiteiro a acusar Argello. Antunes Sobrinho depôs no último dia 28 ao delegado da PF Luciano Flores de Lima, o mesmo que no dia 4 de março conduziu coercitivamente o ex-presidente Lula para depor na Operação Aletheia. Antes do sócio da Engevix, o dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, e o senador Delcídio Amaral (ex-PT-MS), ambos em delação premiada, já haviam atribuído a Argello exigência de propina para evitar a convocação de empreiteiros investigados na Operação Lava Jato. Gim Argello foi preso na Operação Vitória de Pirro, 28ª fase da Lava Jato, em 12 de abril. O ex-senador é suspeito de ter recebido propina de R$ 5 milhões da UTC e de R$ 350 mil da OAS. Os pagamentos teriam sido feitos para livrar as empresas da CPMI da Petrobrás no Congresso – R$ 5 milhões foram repassados para quatro partidos da Coligação União e Força e R$ 350 mil foram parar em conta da paróquia São Pedro, de Taguatinga, frequentada pelo político. José Antunes Sobrinho contou que no início do mês de julho de 2014 esteve em Brasília para conversar com o então senador Gim Argello, vice-presidente da Comissão na época. Segundo o empresário, em junho anterior, ele havia sido contatado pelo lobista Julio Camargo, por telefone, dizendo que ‘deveria ir a Brasília “tomar um Gim Tônica”, referindo-se expressamente também a Gim Argello. Leia mais no Estadão.

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