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Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) 02 de maio de 2016 | 08:49

FHC diz que PSDB não pode ficar de ‘braços cruzados’ em eventual governo Temer

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) avalia que o Brasil vive um momento de emergência nacional, com paralisia em vários segmentos, desemprego crescente e grande insatisfação e angústia da população. Em razão deste cenário preocupante, ele acredita que o PSDB não pode fugir de sua responsabilidade de ajudar o eventual governo Michel Temer (PMDB) a encontrar as soluções para a retomada da confiança e das ações necessárias ao desenvolvimento. “O PSDB não pode ficar de braços cruzados”, disse FHC, em entrevista ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, na madrugada desta segunda-feira, 2. A decisão oficial do PSDB será tomada terça, 3, em reunião da Executiva Nacional, mas FHC adiantou que o partido deverá optar pelo apoio ao peemedebista com a participação no futuro governo. “(O PSDB) deverá participar (da nova gestão) e dar apoio”, reiterou. Indagado se o seu partido não poderia se prejudicar com essa participação, em razão das eleições gerais de 2018, quando deverá lançar candidato à Presidência da República, Fernando Henrique disse: “Temos de correr o risco, política é assim. O Brasil está em primeiro lugar, o partido vem depois.” Questionado sobre o nome do senador tucano José Serra (SP), cotado para ocupar o Ministério das Relações Exteriores, Fernando Henrique disse que se a escolha for confirmada, será um nome que dará visibilidade à política externa brasileira. “O Brasil precisa mudar sua política externa. Se o Serra for (para o Itamaraty) será bom porque ele conhece bem o comércio internacional, conhece a América Latina, os Estados Unidos e outros países. Acho bom porque o Brasil precisa mudar a sua política externa e o Serra é inteligente.” Além disso, FHC disse que o novo governo precisa ter uma equipe de “gente confiável”, mas lembrou que a sociedade não quer mais impostos, o que deverá dificultar a tomada das necessárias medidas amargas, já que o governo está sem recursos. Leia mais no Estadão.

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