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João Carlos Bacelar foi a nota dissonante no encontro de Rui com bancada baiana em Brasília 16 de abril de 2016 | 08:23

Tom ácido de Bacelar surpreende em jantar com Rui

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Durante o jantar oferecido pelo governador Rui Costa (PT) à bancada baiana em Brasília, na última quinta-feira, a fim de fazer um apelo pelo voto contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), na votação deste domingo, o deputado federal João Carlos Bacelar (PR), o Jonguinha, foi a voz dissonante.

Em determinado momento, ele pediu a palavra e relembrou que impeachment era sinônimo de trauma para sua família. Foi por causa da votação do processo de afastamento do ex-presidente Fernando Collor que seu pai, o então deputado federal Jonga Bacelar, rompeu com o irmão, Rui, na época Senador da República, o que os afastou por 15 anos.

Jonga, que votou com Antonio Carlos Magalhães contra o impeachment, só reataria momentos antes de morrer com Rui, que votou pela deposição de Collor. Bacelar ainda recordou que, ao promover o encontro com a bancada baiana, o governador petista repetia o que fizera Antonio Carlos Magalhães às vésperas do afastamento do aliado.

“A diferença, senhor governador, é que Antonio Carlos Magalhães assegurou a reeleição de todos os seus deputados, o que não estou vendo aqui”, discursou o representante do PR, que advertiu ainda que tinha o plano de votar a favor do governo no domingo pelas relações que construiu em Brasília e não atendendo ao apelo dos líderes petistas da Bahia.

Bacelar teria sido aplaudido ao final do pronunciamento. Logo após o jantar, ele foi então chamado a um canto pelo governador e o chefe de Gabinete da Presidência, Jaques Wagner. Segundo Bacelar relatou a um colega, ele teria dito aos dois que, lamentavelmente, ainda aguardava o cumprimento de promessas de mais de um ano.

Ontem, governistas não conseguiam achá-lo em Brasília. O deputado também não acompanhou o grupo de deputados que o governador e Wagner levaram para visitar a presidente Dilma no Palácio do Planalto na sexta-feira.

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