26 abril 2024
Na reta final da coleta de 1,5 milhão de assinaturas de apoio ao projeto 10 Medidas contra a Corrupção e próximo de completar 2 anos da fase ostensiva da maior investigação sobre malfeitos no País, Carlos Fernando dos Santos Lima diz não ter dúvidas de que força-tarefa atingiu ‘grande esquema de compra de apoio político partidário através do loteamento de cargos públicos’. Próximo de completar 2 anos de sua fase ostensiva, a Operação Lava Jato atingiu a ‘maturidade’. Considerando ter chegado a um “grande esquema de compra de apoio político partidário” originado nas “altas esferas do Governo Federal”, o procurador Regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, que integra a força-tarefa do Ministério Público Federal, avalia que, mesmo que as investigações fossem interrompidas agora, “ainda haveria trabalho para muitos anos”, dentro e fora da Petrobrás. “Novas estatais virão. Novos bancos virão. Fundos de pensão virão”, afirmou um dos mais experientes dos 11 procuradores do grupo da Lava Jato, em Curitiba – cérebro das apurações – em entrevista ao Estado. Perplexos – eles também! – com o incrível e audacioso esquema de corrupção identificado na Lava Jato, os procuradores esboçaram um projeto que denominaram 10 Medidas contra a Corrupção, com amplo apoio da Procuradoria Geral da República. O projeto está nas ruas, em busca da adesão popular. O sistema exige 1,5 milhão de assinaturas para que a Câmara acolha esse tipo de iniciativa. Foi assim na Lei da Ficha Limpa.
Estadão Conteudo