13 de fevereiro de 2016 | 12:44

‘Novas estatais virão, fundos de pensão virão’, afirma procurador sobre futuro da Lava Jato

brasil

Na reta final da coleta de 1,5 milhão de assinaturas de apoio ao projeto 10 Medidas contra a Corrupção e próximo de completar 2 anos da fase ostensiva da maior investigação sobre malfeitos no País, Carlos Fernando dos Santos Lima diz não ter dúvidas de que força-tarefa atingiu ‘grande esquema de compra de apoio político partidário através do loteamento de cargos públicos’. Próximo de completar 2 anos de sua fase ostensiva, a Operação Lava Jato atingiu a ‘maturidade’. Considerando ter chegado a um “grande esquema de compra de apoio político partidário” originado nas “altas esferas do Governo Federal”, o procurador Regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, que integra a força-tarefa do Ministério Público Federal, avalia que, mesmo que as investigações fossem interrompidas agora, “ainda haveria trabalho para muitos anos”, dentro e fora da Petrobrás. “Novas estatais virão. Novos bancos virão. Fundos de pensão virão”, afirmou um dos mais experientes dos 11 procuradores do grupo da Lava Jato, em Curitiba – cérebro das apurações – em entrevista ao Estado. Perplexos – eles também! – com o incrível e audacioso esquema de corrupção identificado na Lava Jato, os procuradores esboçaram um projeto que denominaram 10 Medidas contra a Corrupção, com amplo apoio da Procuradoria Geral da República. O projeto está nas ruas, em busca da adesão popular. O sistema exige 1,5 milhão de assinaturas para que a Câmara acolha esse tipo de iniciativa. Foi assim na Lei da Ficha Limpa.

Estadão Conteudo
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