Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
Tribunal de Contas. Presidente Aroldo Cedraz tenta reeleição 30 de novembro de 2015 | 06:55

Campanha pede que presidente do TCU não seja reeleito

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O Ministério Público de Contas e os auditores do Tribunal de Contas da União fazem uma campanha nas redes sociais para evitar que o ministro Aroldo Cedraz seja reeleito presidente da corte nesta quarta-feira. O ministro está na mira de uma sindicância interna que investiga suspeita de tráfico de influência envolvendo seu filho, o advogado Tiago Cedraz, cujo escritório já atuou em diversos processos no tribunal de contas. Tiago passou a ser investigado na Operação Lava Jato após o dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, afirmar em delação premiada que pagou R$ 1 milhão para que ele atuasse a seu favor no TCU. Pessoa disse também que pagava R$ 50 mil por mês a Tiago para obter informações privilegiadas do tribunal. A investigação está no Supremo Tribunal Federal porque Pessoa disse que o dinheiro repassado a Tiago pode ter sido usado para pagar o ministro Raimundo Carreiro. Como integrante do TCU, Carreiro tem foro privilegiado. Ele é vice-presidente da corte e também pleiteia a reeleição. Tiago e Carreiro negam envolvimento em irregularidades. “A acusação (de Pessoa) é gravíssima e põe em xeque o maior patrimônio que uma instituição como o TCU pode ter: sua credibilidade”, escreveu em redes sociais o procurador Júlio Marcelo de Oliveira, do Ministério Público de Contas. Auditora do TCU e presidente da Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo, Lucieni Pereira afirmou que defende a saída de Cedraz da presidência para “blindar” o TCU. “Fizemos grande movimento no ano passado para evitar a indicação de Gim Argello (ex-senador do PTB) para ser ministro do TCU porque ele tinha processos no Supremo. Se somos firmes na cobrança para o ingresso no tribunal, temos que ser firmes na fiscalização daqueles que já estão no TCU e na figura de quem comanda a corte.”

Estadão
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