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Tribunal de Justiça do Estado da Bahia 10 de outubro de 2015 | 10:45

Desembargadora critica medidas de economia do TJBA

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A desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, Rosita Falcão, fez duras críticas a presidência do TJBA na última seção do Tribunal Pleno, realizada no dia 7 de outubro. Durante o pronunciamento a desembargadora afirmou que o TJ está passando um rolo compressor nos direitos adquiridos dos servidores, causando pânico na categoria com as medidas adotadas recentemente. “Que a situação financeira do Tribunal de Justiça está difícil já é de conhecimento de todos e isso não é de agora, mas isso não autoriza quem quer que seja, assessor ou presidente, a nos pressionar através de reiteradas notícias na mídia e a adotarmos posição precipitada de forma irresponsável. Os problemas financeiros do Judiciário, devem ser discutidos aqui, não em jornais. Isso é um problema de postura e compostura”, criticou Rosita Falcão. A desembargadora ainda questionou as medidas de economia do TJ com cortes de materiais de reposição, peças para conserto na área de informática, guardanapo e leite em pó, mas em compensação aumentou as diárias em 50% para desembargadores, juízes e servidores, além da criação de mais duas Câmaras no interior do estado, que de acordo com ela, terão um alto custo e pouca produtividade. “Cada Câmara terá oito desembargadores para julgar um número reduzido de processos, com uma despesa imensa com estrutura, além das diárias e passagens que cada desembargador terá para se deslocar para essa capital semanalmente em dias de Pleno, de seções cíveis ou criminais”, expôs Rosita, que ainda informou que o custo de um julgamento de cada processo na Câmara do Oeste chega a quase 9 mil reais. Para Rosita Falcão os custos das viagens do TJBA se comparam com viagens de chefe de Estado. “São gastos astronômicos, com diária, passagens, alimentação para comitiva e gasolina para sete ou 8 carros oficiais” informou. A diretoria do Sinpojud apoia o pronunciamento da desembargadora e critica a atual gestão do Tribunal que tenta retirar de maneira cruel os direitos adquiridos dos servidores. “Estamos tentando o diálogo com o presidente do TJ, mas ao que parece ele não está aberto a dialogar nem mesmo com os desembargadores da Casa. Continuaremos lutando para que os servidores do judiciário não percam o que é deles por direito, conquistado após anos de luta e trabalho” ressaltou a presidente do Sinpojud, Maria José Silva “Zezé”.

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