02 de julho de 2015 | 19:40

Petroquímica Triunfo foi ‘expropriada’ para beneficiar Braskem, diz empresário

brasil

O empresário Auro Gorentzvaig, ex-conselheiro e acionista da Petroquímica Triunfo, disse nesta quinta, 2, na CPI da Petrobras que sua empresa foi “expropriada” pela estatal para que a Braskem, subsidiária da Odebrecht, fosse beneficiada. Ele acusou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de agir para promover o monopólio no mercado. “A família Odebrecht é dona do Brasil”, declarou. Gorentzvaig contou que entrou na Justiça para retornar ao mercado petroquímico. “Não tínhamos a intenção de vender. Fomos praticamente expropriados pelo governo”, disse o empresário, ressaltando que o ex-presidente Lula queria apenas “dois players” no mercado. Ele reclamou que sua empresa foi repassada por um valor quase 10 vezes menor que o que valia e disse que Lula “realizou o sonho” da Odebrecht. Gorentzvaig disse que se reuniu em 2009 com o ex-presidente e que o petista teria chamado o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, para participar da reunião. O empresário repetiu o que disse ao Ministério Público Federal: que a Petrobras comprou a Petroquímica Suzano pelo triplo do valor de mercado. A Suzano foi comprada pela estatal por R$ 4,1 bilhões quando valia R$ 1,2 bi, afirmou. “É maior que Pasadena”, comparou. O empresário revelou que o Grupo Suzano também recebeu R$ 1 bilhão do BNDES. Num dos momentos acalorados da sessão, o empresário defendeu a intervenção militar no País “com pedido de eleições, o mais rápido possível”. “Não sei se é o caso de fechar o Congresso, talvez seja”, afirmou, para em seguida negar que tenha defendido o fechamento do Parlamento. A declaração causou tumulto no plenário. “Não somos obrigado a ouvir nenhum tipo de desrespeito”, reagiu o presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB).

Estadão Conteúdo
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