Foto: Max Haack/Agecom
26 de maio de 2015 | 08:23

Membros do DEM e PTB avaliam cancelamento de fusão

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Afastado das negociações, como o próprio informou desde que as chuvas em Salvador começaram a roubar a sua atenção, o prefeito ACM Neto, principal articulador da fusão PTB-DEM, deu prazo para que a aliança seja oficializada: até o final de maio. Segundo o democrata, passada essa data, se tornaria inviável qualquer possibilidade de união partidária por conta do calendário eleitoral.Mas, com cinco dias para o término do mês, parece que os caciques de ambas as legendas não vão nem aguardar o final do mês para anunciar que PTB e DEM continuam cada um no seu quadrado. ACM Neto foi à Brasília na semana passada tomar pé dos diálogos entre os caciques da sua legenda, já que, conforme o mesmo informou, ficou desatualizado desde que as chuvas na capital baiana começaram a fazer estragos na cidade. Ontem, o jornal Folha de S. Paulo informou que o secretário-geral do PTB, deputado Campos Machado, se queixou de exigências feitas pelos democratas. “A conversa é sobre fusão, mas alguns democratas pensam em apropriação. Isso, no Código Penal, configura apropriação indébita”, escreveu a coluna Painel. Já informações chegadas à Tribuna dão conta que o PTB foi quem fez exigências inconcebíveis para a fusão, o que desanimou os democratas. Entres os imbróglios que emperram a batida do martelo em ambos os lados está quem vai comandar os diretórios do novo partido nos estados. Na Bahia, os democratas levam vantagem sobre os petebistas. Nas eleições do ano passado, o DEM elegeu quatro deputados federais – Cláudio Cajado, Elmar Nascimento, José Carlos Aleluia e Paulo Azi, e o PTB elegeu dois – Antônio Brito e Benito Gama. Na Assembleia Legisativa da Bahia (AL), o PTB não conseguiu nenhuma das 63 cadeiras. Já os democratas abocaranham seis – Fabio Souto, Sandro Regis, Tom Araújo, Targino Machado, Pablo Barrozo e Luciano Ribeiro. Hoje o PTB na Bahia é dirigido pelo prefeito de Sapeaçu, Jonival Lucas Júnior, e, por ter a certeza que está em desvantagem para exigir a permanência na direção estadual, já avisou que não debandará para oposição e permanecerá fiel ao governador Rui Costa (PT). Ao seu lado, estão os Britos – Antonio e o vereador de Salvador e pai do deputado, Edvaldo Brito, que seguirão o mesmo caminho, e provavelmente deixarão a sigla. Apenas Benito Gama, favorável à fusão, deve permanecer. Leia mais na Tribuna da Bahia.

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