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14 de maio de 2015 | 11:18

CNJ aponta TJ-BA como pior em julgamentos de corrupção

bahia

Um levantamento feito pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apontou o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) como o pior tribunal estadual do país em relação a julgamento de casos de corrupção. No estado, o acervo de processos de casos de corrupção é de 7.233, mas apenas 559 foram julgados no ano de 2014. Desta forma, o tribunal baiano apenas julgou 7,73% dos processos de combate à corrupção de seu acervo de primeiro e segundo graus, ficando em último lugar no ranking nacional do cumprimento da Meta 4 do CNJ. A meta estabelece o julgamento de processos relativos a casos de corrupção distribuídos até 31 de dezembro de 2012. De acordo com o levantamento, na Justiça de primeiro grau há um estoque de 7.155 processos, com 503 casos julgados, totalizando 7,03% de ações julgadas. Na Justiça de segundo grau, o passivo é de 78 processos, com 56 casos julgados, totalizando 71,79%. O total de processos de improbidade administrativa é de 1.807 processos, com 127 julgados. Os crimes contra administração pública totalizam um passivo de 5.426 casos, com 432 julgados. O estoque de casos de improbidade administrativa em primeira instância é de 1.796 casos, com julgamento de apenas 116, totalizando 6.46%. Em segunda instância, o passivo de 11 processos foi totalmente julgado, totalizando 100% do cumprimento da Meta 4. Após o levantamento, a Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Bahia (OAB), se pronunciou sobre os dados e disse que “O Judiciário baiano vai muito mal. É a pior crise dos últimos 30 anos”. Em entrevista ao Bahia Notícias, o presidente da OAB- BA, Luiz Viana Queiroz, classificou a situação do TJ baiano como ‘lamentável’. “É algo esperado que o TJ continue sendo avaliado desse jeito, já que o Judiciário baiano passa por grandes problemas. O Estado da Bahia deve à cidadania um Judiciário melhor”, ressaltou.

Tribuna da Bahia
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