22 de maio de 2015 | 20:45

Após contingenciamento, parlamentares apostam em clima mais hostil ao governo

brasil

Líderes partidários preveem um clima ainda mais hostil ao governo no Congresso Nacional com a redução em R$ 3,063 bilhões da previsão de emendas parlamentares individuais no Orçamento da União. A previsão para este ano era de que os deputados e senadores teriam R$ 7,698 bilhões para atender suas bases eleitorais. Com o corte, o valor final caiu para cerca de R$ 4 635 bilhões. A avaliação dos parlamentares é que o corte gera mal-estar, principalmente na base aliada, o que provocará mais dificuldades ao governo já que as medidas do pacote de ajuste fiscal ainda não tiveram suas votações concluídas no Parlamento. “O ambiente econômico é de restrição e isso vai refletir em todos os aspectos, vai atingir a base aliada”, resumiu o líder do DEM na Câmara dos Deputados, Mendonça Filho (PE). Os “governistas” não esconderam a insatisfação após o anúncio. “Vai ser difícil passar qualquer coisa do governo”, concluiu o vice-líder do PMDB na Câmara, deputado Newton Cardoso Júnior (MG). O peemedebista lembrou que a atividade parlamentar é ligada diretamente aos municípios, que contam com os recursos das emendas para fazerem seus investimentos. “É uma afronta à condição parlamentar, parceiro (do governo) desde o primeiro momento”, reclamou.

Estadão Conteúdo
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