20 de abril de 2015 | 18:00

Juros futuros descolam do câmbio e fecham em alta

economia

Os juros futuros começaram a semana descolados do movimento de queda do dólar ante o real e as taxas subiram ao longo de toda a curva, com mais força na parte intermediária, nesta segunda-feira, 20. O mercado consolidou a ideia de que o Comitê de Política Monetária (Copom) vai repetir a alta de 0,50 ponto porcentual da Selic em abril e também passou a trabalhar com a possibilidade de a política monetária manter-se “vigilante” por mais tempo do que o esperado, nublando o cenário de um possível corte da Selic no médio prazo. Ao término da sessão regular na BM&F, o DI janeiro de 2016 fechou em 13,53%, de 13,43% no ajuste de sexta-feira; o DI janeiro de 2017 subiu de 13,17% para 13,33%; e o DI janeiro de 2021 encerrou a 12,64%, de 12,60% no ajuste de sexta-feira. Já o dólar à vista no balcão caiu 0,66%, a R$ 3,024. Em encontros com investidores em Washington realizados durante sua participação da reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI), que terminou neste domingo, o presidente do BC, Alexandre Tombini, teria reforçado que o Brasil está dando continuidade ao fortalecimento do arcabouço de políticas econômicas na preparação para o momento em que os Estados Unidos elevarem os juros. Um dos pontos para o fortalecimento do arcabouço de política econômica é a ancoragem das expectativas de inflação, ressaltou o BC, segundo divulgou ontem sua assessoria de imprensa. Tombini também deixou claro nos encontros que a intenção é que a inflação possa convergir para a meta oficial de 4,5% em dezembro de 2016. Já o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse, nesta segunda-feira, que o BC precisa seguir vigilante e conduzindo ajustes para que a inflação caia e a expectativa seja ancorada em 4,5%. “O BC tem de continuar vigilante e especialmente tem de passar por ajustes, de forma que as expectativas sejam ancoradas”, disse, durante o Bloomberg Americas Monetary Summit, em Nova York.

Denise Abarca, Estadão Conteúdo
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