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01 de abril de 2015 | 07:31

Deputados baianos aprovam reajuste de verba em 18%

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Demorou pouco mais de uma hora e meia para a Assembleia Legislativa da Bahia aprovar, na tarde de ontem, o aumento de 18% na verba de gabinete dos 63 deputados eleitos ano passado. Com a aprovação, o recurso passa de R$ 78 mil mensais para R$ 92 mil, o que representa um gasto adicional de aproximadamente R$ 11 milhões ao ano. O reajuste, aprovado com 54 votos a favor e 1 contra, ocorre em meio à crise que o Estado tem passado, e logo após o governador anunciar uma queda na arrecadação nos três primeiros meses de 2015. O único embate assistido pelos parlamentares durante a votação ocorreu entre o presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT), e a deputada Luiza Maia (PT), única que deu voto contrário à aprovação do reajuste, e, anteriormente, chegou a pedir questão de ordem, “atrasando” a votação. Houve registro de ausências, na Casa, dos deputados Paulo Rangel (PT), Neusa Cadore (PT) e Ângela Souza (PSD). Licenciado, Leur Lomanto (PMDB) também não esteve presente. Antes de iniciar a votação, o pedetista Marcelo Nilo anunciou ter recebido em seu gabinete 200 comissionados que pediram aumento.Segundo o presidente da Assembleia, eles argumentaram que os servidores têm os salários reajustados anualmente, enquanto os comissionados só a cada quatro anos. “Se eu votasse ‘não’ para aumento de servidor, eu renunciaria ao meu mandato. Essa Casa não tem relógio de ponto. Tem a frequência onde os setores contabilizam. O reajuste é da inflação. Respeito a opinião de qualquer servidor e deputado, mas nunca vi deputado ser contra o aumento nessa Casa”, acrescentou. Tendo em vista que o parlamento baiano este ano não contará com o repasse da verba de suplementação do governo estadual, no valor de R$ 440 milhões, Nilo afirmou que pretende realizar cortes em outras áreas da Casa para que não haja gasto exorbitante que prejudique a máquina. Ainda conforme o pedetista, haverá verba na Casa até agosto deste ano para dar conta dos pagamentos reajustados. Enquanto isso, ele tentará amenizar os impactos com cortes de bolsa de estudos, diárias e gastos com publicidade, além de adiar as reformas das instalações da Assembleia.Se, de fato, o governo da Bahia não realizar o repasse da suplementação até agosto, Nilo suspenderá o reajuste. A decisão da suspensão teria sido acordada com os parlamentares estaduais em tom de cavalheirismo. “As lideranças e as mesas diretoras não terão aumento. Vamos dar aumento, mas tenho recurso até agosto. Se o governador não suplementar, fizemos um acordo de cavalheiro para suspender esse aumento”, declarou. Leia mais na Tribuna da Bahia.

Hieros Vasconcelos Rego
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