21 de setembro de 2014 | 18:58

Eventual vitória de Dilma não surpreenderia estrangeiros

brasil

O avanço das ações de estatais na bolsa de valores leva a crer que os investidores estrangeiros estão apostando fortemente na derrota da candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT). Mas a verdade é que uma eventual vitória da petista não os surpreenderia. Independentemente do resultado, eles não devem perder dinheiro, pois estariam protegidos com operações em outros mercados. Um indício disso é que os investidores que não residem no País são os únicos comprados em opções de venda do Índice Bovespa Futuro, com 47.994 contratos, considerando a posição em aberto de todos os vencimentos. Os bancos e outras instituições jurídicas financeiras estão vendidos em 41.155 contratos, enquanto os investidores institucionais em 4.251 contratos e as pessoas físicas em 2.290 contratos, de acordo com o último dado disponibilizado pela BM&FBovespa. A conclusão é que os estrangeiros estariam preparados para uma eventual vitória da presidente Dilma. Se isso ocorrer e o Ibovespa cair, eles exerceriam a opção de venda ao preço de exercício do contrato (mais popularmente conhecido por strike). Assim, mesmo que comprados nas estatais, ficariam protegidos de uma possível queda das ações. Nesse contexto, um dado chamou a atenção do mercado: a posição de investidores comprados em opções de venda do Índice Bovespa Futuro que vencem em dezembro – o primeiro vencimento após o provável segundo turno das eleições presidenciais. São 361.518 contratos em aberto, mais de três vezes os 105.707 contratos de outubro.

Karin Sato, Estadão
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