Foto: Agência Brasil
Ministro da Fazenda, Guido Mantega 29 de agosto de 2014 | 20:11

Analistas rebaixam previsão de alta do PIB de 2014

economia

A retração de 0,6% no PIB do segundo trimestre em relação ao primeiro deflagrou uma onda de revisões nas projeções para o crescimento da economia. Uma pesquisa feita com 20 instituições do mercado financeiro pela Agência Estado mostra que, na média, os analistas esperam uma alta de 0,35% no PIB neste ano e nenhuma das projeções ultrapassa os 0,8%. Até o ministro da Fazenda, Guido Mantega, revelou que o governo irá revisar sua projeção, que hoje indica um incremento de 1,8%. Antes da divulgação nesta sexta-feira, 29, do PIB, o Boletim Focus, pesquisa do Banco Central (BC) com cerca de 100 instituições, apontava projeção média de crescimento de 0,7% neste ano. Para o terceiro trimestre, o cenário traçado pelos 20 analistas financeiros pesquisados também não é dos mais animadores. As previsões preliminares vão de uma queda de 0,1% a uma expansão de 0,8% em relação ao segundo trimestre – alta de 0,2% na média. Entre a maioria dos economistas consultados, a perspectiva para o PIB no segundo semestre é um pouco melhor do que a observada no primeiro, quando houve expansão de 0,5% em relação a igual período de 2013, mas o cenário esperado seria insuficiente para reerguer a economia. “A expectativa é de alguma retomada leve da atividade em agosto devido basicamente a mais dias úteis”, comentou o economista Henrique Santos, da gestora ARX Investimentos, lembrando do efeito da Copa do Mundo. Para o último trimestre, a ARX trabalha com estimativa preliminar de expansão entre 0,50% e 0,60% ante o terceiro trimestre, mas isso não seria suficiente para recuperar o resultado do acumulado de 2014, que deverá ser de apenas 0,10%. Após os dados do PIB do segundo trimestre, a consultoria Tendências revisou a projeção para 2014, de um crescimento de 0,6% para avanço de apenas 0,3%. “Teria que haver uma recuperação muito forte da economia, o que não me parece factível, dado que os indicadores (já divulgados) não apontam isso”, argumentou o economista Rafael Bacciotti.

Flavio Leonel, Maria Regina Silva e Vinicius Neder. Agência Estado
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