24 de julho de 2014 | 16:00

Presidente da Match reafirma inocência de Whelan

brasil

A Copa do Mundo terminou há quase duas semanas, mas o presidente da Match, Jaime Byrom, continua no Brasil. No último fim de semana, ele até voltou à Inglaterra, onde mora e fica a sede da empresa, mas logo retornou ao Rio para acompanhar de perto a situação do cunhado e funcionário Raymond Whelan, acusado de ser o principal fornecedor do milionário esquema de venda ilegal de ingressos do Mundial que foi desarticulado pela operação policial “Jules Rimet”. Whelan ocupa o cargo de CEO da Match e é casado com a irmã de Jaime, Ivy Byrom. Depois de passar quatro dias foragido, ele se entregou à polícia em 14 de julho e, desde então, está preso no Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio. Dos 12 acusados de participação no esquema de venda ilegal de ingressos da Copa, apenas um está solto, o advogado José Massih, que responde o processo em liberdade. Segundo Jaime Byrom, não partiu da Match a ordem para que Whelan deixasse o Copacabana Palace, onde estava hospedado, pela porta de serviço – saiu do local 18 minutos após ter a prisão preventiva decretada pela Justiça e sete minutos antes da chegada dos policiais ao hotel. “Eu não estava presente, mas posso te dizer que não foi a Match. Acredito que ele foi aconselhado por seu advogado a ir com ele para mais orientações”, afirmou o presidente da empresa, em entrevista exclusiva nesta quinta-feira. O delegado que investiga o caso, Fábio Barucke, da 18ª DP (Praça da Bandeira), já afirmou que pretende indiciar o advogado de Whelan, Fernando Fernandes, por favorecimento pessoal. “Não sou advogado e peço que leve isso em conta, mas meu entendimento é que os termos do habeas corpus que libertou originalmente Ray simplesmente o impediam de deixar o Rio por mais de oito dias seguidos ou deixar o País. Não acredito que os termos do habeas corpus eram de que ele deveria ficar especificamente no Copacabana Palace”, afirmou Byrom.

Jamil Chade e Tiago Rogero, Agência Estado
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