31 de julho de 2014 | 07:59

Instituto cria projeto para valorizar e qualificar o Corpo de Bombeiros

bahia

Com cerca de um profissional para cada mil habitantes, a Bahia é um dos estados que apresentam maiores deficiências em seu corpo de bombeiros. Além de condições estruturais precárias, o efetivo sofre deficiências em termos de equipamentos e de pessoal, além de orçamento reduzido que impede a adoção de medidas eficazes no combate a incêndios e proteção à sociedade civil. Foi pensando nisso que o Instituto Movimenta Salvador, organização apartidária e sem fins lucrativos, elaborou uma série de sugestões e projetos de lei para requalificar e valorizar o Corpo de Bombeiros. No ano passado, a associação elaborou vários projetos, tendo como um dos principais focos a emancipação da corporação da Polícia Militar. Dessa forma, os Bombeiros deixariam de ser submissos à PM , visando maior agilidade e capacidade de servir a sociedade. Segundo o diretor geral do Instituto, Aldo Ramon, as sugestões visam a “adoção de modos e meios de combate a incêndios de forma mais agressiva. Demos uma recomendação para a liberação de novos empreendimentos e ações preventivas no interior da Bahia; isso foi feito em Santa Catarina, onde o Corpo de Bombeiros se aproxima dos municípios”, relata. A proposta de emancipação (PEC 138/2014) foi aprovada pela Assembleia Legislativa da Bahia no dia 30 de junho e recebeu um prazo de 180 dias para entrar em vigor. Ainda de acordo com Ramon, a medida trará benefícios inestimáveis para a sociedade civil. “Com autonomia administrativa e financeira, eles vão poder comprar mais equipamentos e contratar mais homens”, afirma, acrescentando que, em 2015, a situação da corporação baiana deve começar a apresentar melhoras significativas. Outra briga do Instituto Movimenta Salvador é para que ocorra a implantação de novas brigadas de incêndio no interior do estado, uma vez que o efetivo atual se mostra insuficiente para atender toda a população. A Bahia ocupa uma das últimas colocações entre os estados com menor efetivo.

Guilherme Reis, Tribuna
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