24 de julho de 2014 | 06:55

IDH do Brasil cairia 16 posições com cálculo de desigualdade

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Na 79ª posição no ranking internacional de desenvolvimento humano em 2013, o Brasil registraria posição pior se a desigualdade social fosse incluída no cálculo. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o país perde 16 colocações com o ajuste do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) pela desigualdade. De acordo com o Pnud, o IDH do país cairia 27%, de 0,744 para 0,542 por esse critério, fazendo o Brasil passar para a 95ª colocação no ranking global, que tem 187 países. Divulgado hoje (24), o IDH ajustado pela desigualdade social segue os mesmos parâmetros do IDH tradicional, mas desconta a desigualdade na renda, na educação e na expectativa de vida da população. No caso do Brasil, a maior desigualdade ocorre na renda, com 39,7% de diferença média entre ricos e pobres. Os índices correspondem a 24,7% para a educação e a 14,5% na expectativa de vida. Os valores são maiores que a média da América Latina e do Caribe, com desigualdade de 36,3% na renda, 22,2% na educação e 13,2% na expectativa de vida. “O Brasil tem uma trajetória de progresso acumulada durante anos, mas ainda tem muito a fazer. Mesmo com a redução da pobreza nos últimos anos, o Brasil continua desigual”, diz o representante residente do Pnud no Brasil, Jorge Chediek. De acordo com o órgão, a cada ano, o país tem reduzido o impacto do cálculo da desigualdade no IDH. Em 2006, a nota brasileira tinha sido diminuída em 29,6% após o ajuste. Leia mais na Agência Brasil.

Wellton Máximo, Agência Brasil
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