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Procurador-geral de Justiça da Bahia, Márcio Fahel 17 de abril de 2014 | 11:50

Procurador-geral afirma que policiais podem ser presos

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Em vez das tradicionais viaturas da Polícia Militar, caminhonetes do Exército e ônibus das Forças Armadas. No lugar de agentes armados com pistolas e vestidos com o uniforme marrom claro da PM, soldados preparados para uma guerra, carregando armamentos que variam de revólveres menores a fuzis. No segundo dia de greve da Polícia Militar, o cenário da Segurança Pública em Salvador começou a mudar com a entrada em ação de aproximadamente dois mil efetivos da 6ª Região Militar e cerca de 300 homens da Força Nacional de Segurança. Depois de receber um telefonema com pedido de ajuda do governador Jaques Wagner, na noite da terça-feira, a presidente Dilma Rousseff atendeu ao chamado e assinou, ontem, o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), autorizando o emprego das Forças Armadas na segurança pública da Bahia. As operações do tipo conferem aos militares condições de patrulha, vistoria e prisão em flagrante. O comandante da 6ª Região Militar, general Racine Bezerra Lima, assumiu o comando das operações e a Polícia do Exército (PE) já está patrulhando as ruas. Segundo ele, cerca de seis mil homens que já ficam na região estão preparados para atuar, mas nem todos estão nas ruas. Efetivos vindo de outros estados também já estão em Salvador. Ao todo, o número de agentes pode chegar a nove mil. O procurador-geral de Justiça da Bahia, Márcio Fahel, afirmou, ontem, em entrevista à imprensa, na Governadoria, que os policiais e associações que permanecerem em greve podem receber uma série de punições, inclusive a detenção. “Há uma série de punições que podem ser estudadas caso a caso tanto para as pessoas, os membros efetivos, assim como para as entidades, as associações que estimulam e promovem o movimento grevista”, disse Fahel. “Sem dúvida, os policiais podem ser presos”, acrescentou, sem especificar que tipo de ação pode levar à prisão. O governador Jaques Wagner afirmou que a mera participação na greve não será equiparada a ações de vandalismo como as realizadas durante a greve de 2012. “Uma pessoa que participa da greve não terá a mesma punição de alguém que aponta a arma para a cabeça de um comandante ou depreda o patrimônio público”, disse. Leia mais no Correio.

Victor Longo, Correio*
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