João Paulo Cunha 05 de fevereiro de 2014 | 08:10

João Paulo Cunha se entrega, descarta renúncia e ataca Supremo

brasil

O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) foi preso nesta terça-feira, 4, em Brasília. Antes de se entregar no presídio da Papuda, por volta das 19h30, divulgou uma carta com ataques ao Supremo Tribunal Federal. Diferentemente dos outros três deputados condenados no julgamento do mensalão, João Paulo decidiu não renunciar ao mandato. Agora, vai enfrentar o processo de perda de mandato, que pode ser aberto na próxima semana. Presidente da Câmara entre 2003 e 2004, o deputado foi condenado definitivamente a 6 anos e 4 meses de prisão por peculato e corrupção por irregularidades no contrato da Casa com a agência de publicidade SMPB, de Marcos Valério, preso desde novembro, e pelo recebimento de R$ 50 mil que teria como objetivo beneficiar a empresa na licitação. Ele ainda foi condenado a mais 3 anos de prisão por lavagem de dinheiro por ter usado sua mulher para sacar os recursos no Banco Rural, mas terá direito a uma nova análise desta sentença por meio de embargo infringente. O deputado começará a cumprir pena no regime semiaberto. O trânsito em julgado das condenações foi decretado pelo presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, em 6 de janeiro, no seu último dia de trabalho antes das férias. Barbosa, porém, viajou sem emitir o mandado de prisão. Os ministros Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia, que assumiram interinamente o comando da Corte nas férias do titular, também não assinaram o documento. De volta ao trabalho nesta semana, Barbosa, que é relator do processo do mensalão, expediu ontem o mandado.

Eduardo Bresciani, Agência Estado
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