Foto: Ariel Subira/Futura Press
Somente 8 mulheres compareceram ao protesto 21 de dezembro de 2013 | 12:17

‘Toplessaço’ atrai mais curiosos do que adeptas no Rio

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Teve mais repercussão do que adesão o protesto em favor do topless realizado na manhã deste sábado, 21, na Praia de Ipanema, no Rio. Menos de dez mulheres aderiram ao movimento, sendo imediatamente cercadas, cada uma, por dezenas de repórteres e curiosos. Uma das adeptas, a estudante Carolina Jovino, de 19 anos, disse ter ficado com medo da reação de alguns homens. Enquanto apoiadores gritavam “sem moralismo”, vendedores ambulantes e curiosos faziam comentários machistas e piadas de baixo calão. Outros incitavam, entre piadas de incentivo e comentários agressivos, que outras mulheres, inclusive repórteres, deveriam também tirar a roupa. Até guardas municipais estavam cantando mulheres. Toda a imprensa internacional da cidade, com mais de 100 repórteres, fotógrafos e cinegrafistas acompanhou o movimento, com frustração. Com a prótese de silicone desnuda e purpurinada, Ana Paula Nogueira, de 34 anos, disse esperar que aos poucos o topless se torne mais natural. A cineasta disse que costuma fazer topless normalmente no exterior, como em Cuba ou na França. “Se ninguém fizer, não vai melhorar”, disse. Destaque do movimento foi a pensionista Olga Solon, de 73 anos, que soube do protesto pela mídia e resolveu apoiar. Olga posou para fotos sem blusa acompanhada pelo marido francês, mas logo colocou a roupa. Os dois moram há quatro anos no Arquipélago de Açores, em Portugal, e estão na cidade para as festas de fim de ano. Olga disse estar acostumada com o topless na Europa. “Só acho que as minhas filhas (de 51 e 53 anos) não vão gostar muito quando virem as fotos. Elas são um pouquinho conservadoras”, disse.

Sabrina Valle, Agência Estado
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