Foto: Seu Pimenta
28 de abril de 2013 | 10:36

EXCLUSIVO: Candidatura de Everaldo à presidência do PT baiano pode subir no telhado

bahia

Começou a perigar a provável eleição do sindicalista Everaldo Anunciação à presidência estadual do PT, segundo comentários de figuras importantes do partido feitos este final de semana ao Política Livre. A mudança de rumos decorreria de afirmações que o governador Jaques Wagner (PT) passou a fazer de forma reservada a quadros de destaque da legenda, defendendo a tese de que, neste momento, o partido precisa de um dirigente que tenha maior expressão pública, a exemplo de um mandato eletivo.

Wagner é apontado como o principal responsável pela eleição e manutenção na presidência do partido do polêmico Jonas Paulo, guindado a essa condição, segundo se comenta, por atender às exigências da conjuntura na época. Desde que assumiu o governo, Wagner concluiu que precisava de um dirigente para o PT que não lhe criasse problemas, o que, na visão de muitos, se concretizou no excesso de “submissão” de Jonas Paulo.

Por causa do novo buxixo em torno da presidência do PT, não seria por acaso que vira e mexe o deputado federal Nelson Pelegrino, derrotado na campanha à Prefeitura de Salvador, no ano passado, coloca a cabeça como virtual candidato a assumir o comando petista. Muita gente na agremiação se refere também ao nome do suplente de deputado federal Emiliano José, que no passado comandou regionalmente o partido, como uma boa alternativa para o posto.

Por trás das discussões envolvendo a eleição para a presidência do PT pode passar a preocupação com a sucessão estadual de 2014, assim como uma resistência ao fortalecimento na sigla do deputado federal Josias Gomes, principal padrinho da candidatura de Everaldo. Visto como um dos mais habilidosos e competentes parlamentares petistas, Gomes é ligadíssimo ao ex-deputado José Dirceu, nome mais forte do PT ligado ao mensalão, como ficou conhecido o processo de compra de votos no Congresso pelo partido.

Como Josias é um dos apoiadores, na agremiação, da pré-candidatura ao governo de Rui Costa, não se sabe se uma eventual mudança de planos com relação a seu afilhado Everaldo poderá impactar no bom relacionamento que vem construindo com o chefe da Casa Civil do governo ou, se exatamente por isso, ele conseguirá dar a volta por cima e superar as resistências que o até agora candidato único à presidência do PT estaria enfrentando em alguns setores petistas. (Raul Monteiro)

Fragilização do nome do candidato é atribuída a declarações do governador Jaques Wagner de que partido precisa de gente de maior expressão no comando a partir de agora
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