25 de fevereiro de 2013 | 14:45

Diplomata que visitou Dops foi alvo de ameaça

brasil

O americano Claris Halliwell, que foi identificado como assíduo visitante do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) na época da ditadura militar, era diplomata e atuava no Consulado-Geral em São Paulo como adido político. De acordo com telegrama enviado em 1973 pela Embaixada dos Estados Unidos ao Departamento de Estado, ele chegou a receber ameaças por causa de suas atividades. O nome de Halliwell ganhou destaque após a descoberta, nos arquivos do antigo Dops, de uma série de livros de portaria que identificavam as pessoas que visitavam aquele local – um dos principais centros de repressão política no início da década de 1970. De acordo com levantamento feito pelo Estado nos livros, Halliwell frequentou o edifício entre abril de 1971 e novembro de 1973. Identificado como “cônsul”, em 1971 realizou uma média de duas visitas por mês aos delegados da linha de frente da repressão, frequentemente envolvidos com denúncias de torturas a presos políticos. Consultados pelo Estado, representantes do consulado em São Paulo disseram que não podem confirmar a passagem de Halliwell por São Paulo, uma vez que não guardam registros da época. Os rastros de sua passagem pelo consulado, porém, podem ser encontrados em documentos oficiais contidos no Arquivo Nacional dos EUA. Leia mais no Estadão.

Julia Duailibi, Roldão Arruda e Denise Chrispim Marin, Estadão
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