18 de julho de 2012 | 07:43

Novo Código Penal divide juristas sobre punição ao racismo

brasil

O crime de racismo entrou para a lista de temas polêmicos – a exemplo do aborto – no Projeto de Lei 236/2012, que dá nova redação ao Código Penal, em tramitação no Senado Federal desde o último dia 9. Embora tenha incluído a prática racista no rol de crimes hediondos, o novo texto, elaborado por uma Comissão Especial de Juristas, teria tornado mais difícil a punição ao racismo, segundo críticas de especialistas ligados às questões raciais. O advogado e ex-secretário de Justiça e Direitos Humanos do Estado de São Paulo Hédio Silva Jr. criticou a adoção do Princípio da Insignificância no novo código. Conforme declaração postada no site da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), ele considera que o princípio é “uma porta larga para quem entende que o racismo não tem nenhuma importância”, já que o juiz pode desconsiderar o fato criminoso, entendo-o insignificante. Para adotar o princípio, o juiz precisa julgar o fato muito pouco reprovável, praticamente inofensivo e inexpressivo juridicamente. Único baiano entre os 17 juristas da Comissão Especial, o advogado Gamil Föppel rebate a crítica. Leia mais em A Tarde.

George Brito, A Tarde
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